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Caso Colombiano e Catarina: PCdoB-BA convoca militância para ato no TJ

20 novembro, 2017

 
O presidente estadual do PCdoB na Bahia, deputado federal Davidson Magalhães, convoca a militância comunista para acompanhar o julgamento de recursos do processo que investiga as mortes de Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que eram militantes do partido. O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) marcou para terça-feira (21/11), a partir das 13h30, a apreciação dos recursos da acusação e da defesa.
A ideia é fazer um ato em frente ao Tribunal, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, para pedir, mais uma vez, celeridade no julgamento do caso, que aconteceu há mais de sete anos. Colombiano e Catarina, assassinados em 2010, eram militantes do PCdoB.
“Nós precisamos fazer justiça e fazer justiça é, exatamente, cobrar punição a esses assassinos, irresponsáveis, gananciosos, que, pela corrupção e pela busca de dinheiro, tiraram as vidas de um pai e de uma mãe de família, deixando entristecido não só o PCdoB, mas todas as forças democráticas da Bahia, que viram retomar o coronelismo e o extermínio de pessoas em nome do capital, do lucro e do roubo”, disse o presidente estadual do Partido.
Davidson Magalhães ainda criticou a morosidade do Judiciário brasileiro. “O Tribunal de Justiça da Bahia, assim como a Justiça no Brasil, é lento quando se trata de apurar agressões, assassinatos, contra o povo brasileiro. São mais de sete anos e até agora os responsáveis pelo assassinato de Catarina e Paulo Colombiano não estão onde deveriam estar: na cadeia”, completou.
O julgamento
A apreciação dos recursos será feita pela 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal, presidida pela desembargadora Rita de Cássia Nunes, que é a revisora do processo em segunda instância, e com relatoria do desembargador Pedro Augusto Guerra. Além dos dois, também vai participar da sessão de julgamento dos recursos o desembargador Abelardo da Matta Neto.
A defesa contesta a autoria dos crimes, já reconhecida em primeira instância e atribuída ao empresário e oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana, apontado como mandante, e a seus funcionários Daílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza, que seriam os executores. A acusação contesta a exclusão de responsabilidade de um acusado, o irmão de Claudomiro, o médico Cássio Antônio.
O caso
Os dois irmãos eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro. Para os familiares, as mortes foram planejadas por Claudomiro e Cássio depois de saberem que Colombiano havia descoberto uma fraude milionária no contrato de prestação de serviços ao sindicato.
 

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