Notícia

Centrais sindicais: “Se colocar para votar, o Brasil vai parar”

12 dezembro, 2017

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulgou uma nota para se posicionar, mais uma vez, sobre a proposta de reforma da Previdência Social do governo do presidente Michel Temer. A entidade repudia a proposta, que considera ‘contrária aos interesses do povo brasileiro’, e revelou a decisão das centrais unificadas: se o Governo colocar em votação a matéria no Congresso, os trabalhadores cruzarão os braços.
Um calendário de luta também foi aprovado e divulgado pela CTB (ver no final do texto).  Abaixo, a íntegra do posicionamento:
 
As centrais sindicais repudiam e denunciam como mentirosa e contrária aos interesses do povo brasileiro a campanha que o governo Michel Temer vem promovendo para aprovar a contrarreforma da Previdência.
A Proposta enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos banqueiros.
Quem de fato goza de privilégios neste País são os banqueiros e os grandes capitalistas, que devem mais de 1 trilhão de reais ao INSS, não pagam e, pior, não são punidos. 
Os atuais ocupantes do Palácio do Planalto servem a essas classes dominantes. Tanto isto é verdade que o governo já havia desistido de aprovar a sua contrarreforma neste ano. Voltou atrás por pressão do chamado “mercado”, ou seja, do empresariado e seus porta-vozes na mídia.
A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, assim como outras alterações nas regras da Previdência pública, vai prejudicar milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
A contrarreforma do governo é inaceitável para a classe trabalhadora e as centrais sindicais e tem custado caro aos cofres públicos. Por isto é rejeitada pela maioria dos brasileiros e brasileiras.
É falsa a ideia de que existe déficit da Previdência. Para melhorar as contas públicas é preciso cobrar mais impostos dos ricos, fazer com que os empresários paguem o que devem à Previdência, taxar as grandes fortunas, os dividendos e as remessas de lucros ao exterior.
As centrais reafirmam a posição unitária da classe trabalhadora e de todo movimento sindical contra a proposta do governo e convocam os sindicatos e o povo à mobilização total para derrotá-la. 
 
Calendário de Luta e Mobilização
 
JORNADA DE LUTAS CONTRA O DESMONTE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E EM DEFESA DOS DIREITOS
 

  • Plenária do setor dos transportes segunda feira 11/12, às 15h na sede do Sindicato dos Condutores de São Paulo para organizar a paralisação quando/se for votada a reforma;
  • Pressão sobre os deputados em atividades públicas, aeroportos e no congresso nacional;

 

  • Realização de plenárias, assembléia e reuniões com sindicatos para construir o calendário de luta;

 

  • Dia Nacional de Luta 13/12 contra a reforma da previdência;

 

  • Próxima reunião das centrais dia 14/12;

 

  • Elaborar panfleto e organizar panfletagem esclarecer sobre os riscos da reforma da previdência e disputar a narrativa com a grande imprensa;

 

  • Fazer campanha nas redes sociais contra a reforma da previdência;

 
Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil 
 
SE COLOCAR PRA VOTAR, O BRASIL VAI PARAR!

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