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Em conferência, FBP propõe um Congresso do Povo Brasileiro em 2018

13 dezembro, 2017


 
Reunidos em São Paulo nos últimos dias 9 e 10 de dezembro, na II Conferência Nacional da Frente Brasil Popular (FBP), cerca de 350 militantes oriundos de diversos espaços organizativos debateram a crise brasileira e atualizaram as tarefas políticas das forças democráticas e populares. Entre as deliberações do encontro, está a realização, no primeiro semestre de 2018, de uma atividade inédita na cena política e social brasileira: o Congresso do Povo Brasileiro.
A proposta é que o Congresso atinja desde as organizações que atuam nos bairros, municípios e estados até chegar na etapa nacional. “Nós vamos fazer uma mobilização ampla, com reuniões que acontecerão nos salões paroquiais, nos ginásios e escolas para discutir a situação em que o povo está vivendo e quem são os culpados desse quadro”, afirmou João Pedro Stédile, do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, “o Congresso vai abrir uma nova página que instrumentalize o povo e aumentar o ímpeto para este novo projeto que tenha no centro a valorização do trabalho, o crescimento da indústria nacional, combate aos retrocessos nas políticas de combate ao racismo e ao machismo, entre outras pautas”.
A previsão é de que esse processo será também de formação e construção de uma agenda de mobilização para disputar a sociedade brasileira. “O sentido do projeto é de disputar a hegemonia com a pauta da classe trabalhadora e desconstruindo os pilares do neoliberalismo”, defendeu Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres.
O Congresso do Povo também tem entre os seus objetivos incidir na disputa eleitoral. “Nós vamos aprovar um projeto unificado para comprometer todos os candidatos do campo democrático com uma plataforma mínima num projeto amplo e com princípios firmes que tenha no centro o compromisso com a retomada das conquistas democráticas, com um Estado que garanta desenvolvimento, educação pública, ciência e tecnologia”.
Segundo Raimundo Bonfim, da Coordenação dos Movimentos Populares “é uma iniciativa para acumular força social desde as bases para pautar pela visão do povo as formulações programáticas das candidaturas e fazer com que o nosso campo saia vitorioso”.
 
Com Ascom/ FBP

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