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Pascoal Carneiro: Minha gestão será ‘pé na estrada’ para crescer a CTB

12 junho, 2017

pascoal carneiro
 
 
A seção baiana da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-BA) encerrou, no último sábado (10/06), em Salvador, o seu 4º Congresso Estadual, depois de dois dias de intensos debates sobre a conjuntura política e os rumos da entidade. O momento foi marcado pela força da adesão ao evento, mas também por uma transição: a gestão liderada pelo presidente Aurino Pedreira se despediu para dar lugar a uma nova equipe.
O escolhido para substituir Aurino foi Pascoal Carneiro, metalúrgico e secretário nacional de Aposentados da CTB, que assume o cargo pretendendo dar continuidade ao projeto em curso e avançar em questões que possam resultar no crescimento da entidade no estado. Carneiro garante que fará uma gestão “pé na estrada”, guiado pelo objetivo de interiorizar a central.
A nossa equipe conversou com o novo presidente da entidade, logo após a eleição, para saber o posicionamento dele sobre o atual momento que vive o movimento popular e sobre as estratégias de enfrentamento dos novos desafios. A pequena entrevista pode ser conferida abaixo:
Como é assumir uma das maiores centrais sindicais, em um momento de intenso ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras?
É um desafio muito grande, mas, por outro lado, nós assumimos o mandato em um momento de intensa luta, de mobilização, e nós precisamos intensificar essa mobilização por quatro palavrinhas: Fora Temer e Diretas Já. Temer já perdeu a batalha das reformas. A mobilização do povo superou isso, mas o neoliberalismo continua insistindo nessas reformas que são prejudiciais aos trabalhadores e ao País. Nós precisamos botar o povo na rua para pedir Diretas Já para tirar esse mal que atinge o País e colocar um presidente democrático. Portanto, é um desafio que a gente assume, mas em um momento de luta que a gente vai ajudar a intensificar ainda mais.
Qual a avaliação que faz da gestão que se encerra e qual a marca pretende dar à sua?
A CTB Bahia representa 40% da CTB nacional. Este mandato que encerra agora teve uma gestão de rua, importante, que mobilizou, cresceu a CTB, organizou. Nós pretendemos dar continuidade a todas as políticas da CTB, com uma diferença: interiorizar a CTB. Nós precisamos ir para o interior e o desafio é manter o que temos em Salvador, não perder nada em Salvador, e crescer no interior. Na minha compreensão, podemos crescer no interior com os trabalhadores rurais. Nesse sentido, já fiz a primeira reunião com a Fetag Bahia [Federação dos Trabalhadores em Agricultura do estado] para juntar o que temos de bom e ir para o campo junto, criar uma secretaria de assalariado agrícola, que é o que está expandindo no campo, e buscar crescer no funcionalismo público municipal, que é onde está tendo a criação de muitos sindicatos e a CTB não pode ficar atrás. Eu tenho dito o seguinte: essa gestão é pé na estrada, ir no interior para fazer a CTB crescer.
Como avalia o papel das frentes populares para a construção da unidade do movimento social, neste período?
O movimento social renovou-se. A Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo trouxeram uma dinâmica diferente, e a CTB abraçou isso, está junto com esse movimento. Nós pretendemos dar continuidade a esse movimento e ampliar para outros setores da sociedade. Isso é fundamental.
 
Foto: Ascom/CTB-BA

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