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“Políticas de Temer aprofundam desigualdade”, diz Daniel Almeida

8 janeiro, 2018

Quase 30% da renda brasileira está concentrada nas mãos de apenas 1% da população. Esse dado integra a Pesquisa Desigualdade Mundial 2018, coordenada por centenas de estudiosos, como o francês Thomas Piketty. O banco de dados levantado permite comparar a evolução da desigualdade de renda no mundo nos últimos anos.
Vice-líder da Bancada do PCdoB na Câmara, o deputado Daniel Almeida (BA) diz que o desempenho choca, tendo em vista que o Brasil é um país com grande riqueza e potencial. “É algo inaceitável, não podemos nos acomodar a essa realidade. Temos de reagir e de nos contrapor”, afirma o parlamentar.
O deputado lembra ainda que políticas implementadas nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (2003- maio2016) ajudaram a reduzir as desigualdades sociais, mas que decisões equivocadas do presidente ilegítimo Michel Temer fizeram o cenário piorar em 2017. “O mais grave é que, nos últimos anos, a desigualdade estava diminuindo. Agora, infelizmente, ela está aumentando. Dados de 2017 elevam essa concentração de riqueza. Temos de lutar contra a agenda colocada: reformas trabalhista e da previdência, terceirização e corte de gastos sociais. Tudo vai na contramão do interesse nacional e do povo. Todas essas políticas vão aprofundando as desigualdades, que já são insuportáveis”, avalia Daniel Almeida.
Os números sobre o Brasil se restringem ao período de 2001 a 2015. Segundo a pesquisa, os milionários brasileiros ficaram à frente dos milionários do Oriente Médio, que aparecem com 26,3% da renda da região. O Brasil também se destaca no recorte dos 10% mais ricos, mas não de forma tão intensa quanto se observa na comparação do 1% mais rico. Os dados mostram o Oriente Médio com 61% da renda nas mãos de seus 10% mais ricos, seguido por Brasil e Índia, ambos com 55%, e a África Subsaariana, com 54%.
A região em que os 10% mais ricos detêm menor fatia da riqueza é a Europa, com 37%. O continente europeu é tido pelos pesquisadores como exemplo a ser seguido no combate à desigualdade, já que a evolução das disparidades na região foi a menor entre as medidas desde 1980. Eles propõem, de maneira geral, a implementação de regimes de tributação progressivos e o aumento dos impostos sobre herança, além de mais rigidez no controle de evasão fiscal.
 
Fonte: Ascom/ Daniel

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