O centenário jornal baiano A Tarde suspendeu 60 jornalistas, na última quarta-feira (28/02), por conta de uma paralisação feita pelos profissionais pelo pagamento do salário de janeiro. A paralisação, que impediu de circular o jornal Massa, do Grupo A Tarde, também reivindicava o pagamento do 13º salário, salários de 2016 e 2017, 32 meses de FGTS e quatro meses de tíquete refeição.
Para a presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado (Sinjorba), Marjorie Moura, a situação pela qual os profissionais do A Tarde foram expostos é vexatória. Em nota, o sindicato informou que os atrasos nos pagamentos se repetem no periódico há, pelo menos, três anos, e que são registrados no jornal casos de assédio e de desligamento dos funcionários sem o pagamento das verbas homologatórias.
Os recorrentes problemas trabalhistas no jornal, apontados pelo sindicato, têm provocado diversas ações na Justiça do Trabalho. Ainda na nota, o Sinjorba informou que entrou com ações civis públicas pleiteando indenizações e ganhou duas em primeira instância.
A entidade de classe também vai comunicar a situação dos jornalistas ao “Juízo de Conciliação de Segunda Instância que administra o setor de acordo global do qual o jornal A Tarde é signatário para pagamento de processos trabalhistas no Tribunal Regional do Trabalho para que sejam adotadas as medidas cabíveis”.