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Cuba abandona ‘Mais Médicos’ e deputada do PCdoB lamenta: “Triste dia”

14 novembro, 2018

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) lamentou a saída de Cuba do programa ‘Mais Médicos’, do governo federal, após declarações feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) sobre o futuro dos profissionais cubanos no Brasil. Para Alice, que é farmacêutica bioquímica por formação, esta quarta-feira (14/11), data do anúncio da saída, é “um triste dia para a saúde brasileira”.
Alice lembrou que o programa, que já completa cinco anos, contou com uma expressiva participação dos médicos cubanos – foram 20 mil profissionais, que atenderam mais de 113 milhões de pacientes. “Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história”, afirmou a deputada.
O comunicado foi feito pelo Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba à diretora da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a lideranças brasileiras do programa. Através das redes sociais, Bolsonaro disse que condicionou a continuidade do programa a condicionou sua permanência no programa “à revalidação do diploma” e impôs “como via única a contratação individual”.
“Não aceitamos que se ponham em dúvida a dignidade, o profissionalismo, e o altruísmo dos colaboradores cubanos. O povo brasileiro, que fez com que o Programa Mais Médicos fosse uma conquista social, que desde o primeiro momento confiou nos médicos cubanos, aprecia suas virtudes e agradece o respeito, a sensibilidade e o profissionalismo com que foram atendidos, poderá compreender sobre quem cai a responsabilidade de que nossos médicos não possam continuar oferecendo sua ajuda solidária nesse país”, diz o documento do governo de Cuba.

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