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Em celebração ao 25 de julho, rapper bate papo com alunos de Salvador

25 julho, 2019

Pelo quarto ano consecutivo, a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA) realiza o projeto ‘Fala Menina’ em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado nesta quinta-feira (25). O “Fala Menina” será na próxima sexta-feira (26), no Colégio Estadual Thales de Azevedo, às 10 horas, com a participação especial da rapper, poetisa e historiadora Preta Rara.
O projeto tem como objetivo debater temáticas atuais relacionadas com o empoderamento feminino, convidando personalidades para um bate-papo com estudantes da rede pública. Já participaram do projeto Lellezinha, Larissa Luz, a produtora cultural Eliane Dias, MC Sofia e a influenciadora digital Monique Evelle, ex-aluna do colégio que sedia o evento em 2019.
O projeto Fala Menina é realizado pela SPM-BA em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e este ano tem apoio da Secretaria da Educação. O projeto acontece sempre em julho, mês dedicado às mulheres negras da América Latina e do Caribe. A data foi criada a partir do primeiro encontro de mulheres negras da região, realizado em 1992, em Santo Domingos, na República Dominicana, quando as participantes discutiram sobre o machismo e o racismo e as formas de combatê-los. No Brasil, a data foi instituída em 2014 e faz referência também à líder quilombola Tereza de Benguela, que viveu no século 18.
Preta Rara
Este ano, a SPM-BA convidou a ativista do movimento negro, poetisa, professora de história e modelo plus size, Joyce Fernandes, conhecida como Preta Rara, para conversar com os estudantes. Aos 34 anos, Preta Rara tem uma atuação marcante no movimento negro e feminista e está prestes a lançar um livro sobre as trabalhadoras domésticas, resultado da página que mantém nas redes sociais #EuEmpregadaDomestica.
Lançada há três anos, a página é um espaço para o diálogo sobre as condições das empregadas domésticas. Foi criada depois de Preta relatar abusos sofridos por ela quando trabalhava como doméstica. Preta Rara recebeu tantas mensagens que decidiu criar um espaço para publicizar outros relatos.
Nascida em Santos, no litoral Paulista, Preta Rara trabalhou como empregada doméstica por sete anos. Aos 12 anos começou a fazer rimas e a cantar. Em 2015 lançou o primeiro álbum solo “Audácia” que traz faixas como “Falsa Abolição” e “Negra sim”, com referências à situação das mulheres negras no Brasil e à falsa ideia de democracia racial.
Alunos do Colégio Estadual Rômulo Almeida, que fazem parte do Coletivo Crespo, foram convidados para participar do bate-papo com a rapper paulista e os estudantes do Colégio Thales de Azevedo. “Para nós da SPM é fundamental proporcionarmos um debate rico, sobre questões tão atuais como o machismo e o racismo com os estudantes, com os jovens, visando relações com mais equidade de gênero”, disse a titular da pasta, Julieta Palmeira.
 
Fonte: SPM/BA

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