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Flávio Dino: “Ampliar o diálogo é uma exigência da conjuntura”

21 janeiro, 2020

“[Ampliar o diálogo] é uma exigência da conjuntura brasileira, temos enormes desafios, desafios que estão afligindo a população. Não é uma exigência do estamento político, é uma exigência social. Uma vez que temos impasses gravíssimos, a exemplo do desemprego, da retomada com força do crescimento econômico, da solução de pautas essenciais como a pauta ambiental. Isso só será possível a partir da convergência de segmentos da política e da sociedade que tenham compromisso democrático”, defendeu Dino.
Foi neste sentido, explicou o governador, que ele se encontrou com o ex-presidente Lula no último sábado (18) e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na segunda-feira (20) e que tem feito esforços para “construir pontes”, por exemplo, a partir de sua atuação como governador do Maranhão, também com colegas dos diversos consórcios regionais.
Dino defendeu, inclusive, que apenas pelo diálogo será possível desfazer desmistificações como a ideia de que ninguém se elege no país com o rótulo “comunista” – ele mesmo se elegeu no primeiro turno duas vezes no Maranhão – ou mesmo para o rótulo “petista”. Defendeu que nada disso é inamovível. Fundamental é fazer movimentos amplos e romper o isolamento.
Questionado sobre como fazer na prática, Dino reforçou que tem defendido “um rearranjo institucional, inclusive partidário, no campo progressista” e mencionou os muitos exemplos internacionais neste sentido, como a Frente Ampla no Uruguai, a Concertación Chilena, a situação de Portugal e Espanha ou o caso do Congresso Nacional Africano, na África do Sul, entre tantos outros. Tais iniciativas, ressaltou, preservam a identidade histórica dos partidos, mas produzem nova conformação institucional capaz de movimentar a sociedade em torno de novas bandeiras, enfrentar preconceitos e atrair quem não está engajado em nenhuma posição política.
O governador maranhense comentou ainda as recentes críticas ao posicionamento de Lula, considerado “estreito” por algumas lideranças, bem como sobre a relevância do diálogo com evangélicos.
Como ex-juiz de Direito, Dino também foi convidado a opinar sobre a instituição do juiz de garantias, que defendeu por entender que aumenta a segurança jurídica dos processos. Na avaliação dele, a instituição dos juízes de garantia não prejudica investigações e processos contra corrupção, como é o caso da Lava Jato.
 
Do Portal Vermelho

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