Uma das principais ferramentas de comunicação dos trabalhadores brasileiros, o jornal O Bancário completou 30 anos de circulação diária no domingo, 1º de dezembro. Ao longo dos anos, a publicação, que está na edição 7.822, se firmou e hoje ultrapassa os limites do mundo sindical.
A boa vida dos bancos, o abuso na cobrança de juros e tarifas, os problemas vivenciados por clientes e funcionários do sistema financeiro e o que acontece de relevante no Brasil e no mundo estão nas páginas do jornal. A ótica é a luta classista, o que faz do O Bancário uma publicação diferente, voltada verdadeiramente para os interesses da nação brasileira, principalmente aqueles que sempre foram excluídos, como negros, índios e mulheres.
Com uma história tão importante, o jornal, que tem tiragem de 10 mil exemplares, chega aos 30 anos com tudo em cima e muito a comemorar. Por isso, jornalistas, bancários e representantes dos movimentos sociais fizeram questão de participar da celebração de aniversário, realizada na noite desta quarta-feira (04/12), em Salvador.
O evento contou com a participação da diretora da Facom (Faculdade de Comunicação da UFBA), Suzana Barbosa, e do presidente do Sinjorba, Moacy Neves. Na abertura, o presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, lembrou do trabalho feito pelo idealizador da iniciativa, Álvaro Gomes, e destacou que O Bancário é muito mais do que um instrumento de informação. “É, sobretudo, um instrumento de transformação social”.
O diretor de Comunicação, Adelmo Andrade, falou da grande responsabilidade do jornal diante do cenário atual de ataques ao movimento social. A diretora da Facom e jornalista, Suzana Barbosa, chamou atenção para o desafio de fazer jornalismo no Brasil e manter a produção de um jornal diário no atual cenário. “Essa diversidade possibilita o acesso a outras narrativas que se contrapõem e não só uma única fonte, uma única versão”.
Ao jornalista Rogaciano Medeiros, editor do jornal há 24 anos, coube a tarefa de falar sobre a ousadia do jornal O Bancário. “Devemos fazer nossa comunicação sem medo. Fazer o contraponto à grande mídia”. O presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, ressaltou o trabalho de base feito pelos diretores. Destaque para Dorival Santana, que “faça chuva, faça sol, está nas agências entregando os jornais diariamente”.
 
Fonte: Ascom/ Sindicato dos Bancários