O mestre de capoeira e ativista cultural Moa do Katendê, morto em Salvador depois das eleições em primeiro turno por um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), se tornou um símbolo da resistência ao clima de ódio que se instalou no Brasil e tem recebido diversas homenagens. As últimas manifestações foram feitas pelos músicos Roger Waters e Caetano Veloso.
No show que fez em Salvador, na última quarta-feira (17/10), que lotou a Arena Fonte Nova, Roger Water exibiu a foto de Moa em um telão, em reverência ao artista baiano. O ex-líder da banda britânica de rock Pink Floyd já havia feito críticas a Bolsonaro no show que fez em São Paulo, incluindo no telão o ‘Ele Não’, que se tornou um dos motes contra o candidato do PSL à presidência da República.
Caetano Veloso, cantor e compositor baiano de expressão nacional, gravou uma música dedica a Moa e com críticas a Bolsonaro, pois o candidato seria o estimulador do cenário de ódio, através dos discursos pautados na violência. Na música, que pode ser ouvida abaixo, Caetano prega a resistência.
“Nossa história sangra junto. Somos mil, somos milhões. Mestre Moa, imolado pelas mãos do opressor, nos discursos entoados de tortura, de terror. Mestre Moa, redenção, nós seremos a sua voz”, diz um trecho da música de Caetano Veloso dedicada a Moa.