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Morre em Salvador a professora e ativista Makota Valdina

19 março, 2019

Morreu, na madrugada desta terça-feira (19/03), em Salvador, a professora e ativista Makota Valdina, aos 75 anos. Candomblecista, líder do movimento negro baiano, militante de esquerda e feminista, Valdina teve uma trajetória marcada pela luta pela democracia e pelo combate à intolerância religiosa.
Pelo engajamento no movimento social, ela se tornou uma porta-voz das religiões afro-brasileiras no estado. Foi iniciada no Terreiro Nzo Onimboyá, no bairro do Engenho Velho da Federação, onde ganhou o cargo de makota (assistente de mãe de santo), por isso o nome como ficou conhecida.
A professora Makota Valdina também foi escritora, com a publicação da autobiografia “Meu Caminhar, Meu Viver” (2013). A secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, deputada estadual Olívia Santana, prestou homenagens a Makota, a quem considerou como ‘uma grande militante da luta antirracista’.
“Essa mulher, de corpo pequenino, tinha uma imensa estatura política. Uma voz altiva, qualificada, que agregava em torno de si toda a militância do movimento negro. Ela era o nosso ponto maior de consenso. Diante de governadores, presidentes, qualquer autoridade política, ela dava o recado, largava o verbo, traduzindo nossos gritos de alerta, de reivindicação de uma vida sem racismo, sem intolerância e com justiça social”, escreveu Olívia Santana.
O Comitê Estadual do PCdoB na Bahia lamenta profundamente essa perda irreparável para o povo baiano e se solidariza com os familiares, amigos e irmãos de fé e militância de Makota Valdina.
O sepultamento acontecerá ainda nesta terça, às 15h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.

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