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Daniel Almeida fala sobre prioridades para retomada do crescimento

16 fevereiro, 2016

A presidente Dilma Rousseff voltou a apontar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) como medida essencial dentro do conjunto de ações que o governo deve adotar para a retomada do crescimento econômico do país. A informação foi dada pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida, ao final da reunião da presidenta com a base aliada, no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (16).
Entre o encontro com Dilma e a reunião do Colégio de Líderes da Câmara, o deputado comunista falou quais as expectativas com relação ao início dos trabalhos legislativos, ameaçado por manobras da oposição.
“Da nossa parte, interessa que o Congresso volte a funcionar, que o plenário delibere e as comissões sejam instaladas para o curso normal de funcionamento. Não é bom para o Brasil e nem interessa para o próprio parlamento e as relações institucionais manter a Casa paralisada e nem perdermos tempo discutindo crise política. É preciso deliberar rapidamente sobre impeachment, ajuste fiscal e cuidar das ações relacionadas ao crescimento econômico”, informou o parlamentar.
Na reunião com os líderes governistas, Dilma Rousseff apresentou outras medidas para a retomada do crescimento da economia com geração de emprego e preservação das políticas sociais. A reforma da previdência, com elevação da idade mínima das mulheres para aposentadoria, e a pactuação da base aliada em torno da contenção de medidas que elevem gastos públicos.
Sobre a recriação da CPMF, Daniel Almeida disse que a presidente informou que trará municípios e estados para o debate partilhando resultados, “o que consideramos positivo”, assinalou. E sobre a Previdência Social, a ideia é encaminhar uma proposta somente após debate dentro de um fórum reunindo governo, empresários, trabalhadores e aposentados.
Segundo Daniel Almeida, “no que cabe ao PCdoB, que sempre foi leal e correto com as proposições do governo, temos que discutir com muito cuidado e muito aprofundamento e valorizar o resultado do fórum quatripartite na proposta de reforma da previdência”, lembrando que no ano passado o Congresso Nacional aprovou uma mudança de grande profundidade na aposentadoria, com a implantação do Fator 85/95 em substituição ao Fator Previdenciário.
Ele inclusive levantou a questão se vale a pena colocar na mesa debate sobre esse tema. Na avaliação dele, “o grande desafio é coesionar a base do governo e setores da sociedade para ter possibilidade delas (as medidas) serem aprovadas.”
“O setor produtivo não quer ouvir falar em CPMF e os trabalhadores não querem ouvir falar em reforma da previdência. Numa situação assim só é possível avançar se houver compromisso da base com o governo”, analisa o líder comunista, que considerou a reunião positiva.
“No geral, os líderes manifestaram solidariedade e apoio às medidas da presidenta, consideraram positiva a participação dela na abertura do ano legislativo, como gesto de aproximação; e solicitaram que o diálogo permaneça, faça parte do cotidiano e que o mérito das proposições sejam apresentados para que os líderes possam se comprometer com o debate na sociedade e no Congresso.”
 

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