A ordem do dia para o PCdoB é o empoderamento das mulheres, por acreditar que, somente com a valorização de gênero, autonomia financeira e participação nos espaços de poder e na política será possível transformar esta sociedade e seguir no desenvolvimento. O partido tem pleno entendimento de que uma sociedade é cada vez mais avançada o quão avançadas são as políticas de proteção e de garantias de direitos para as mulheres.
Metade da população mundial, ainda são a maior parte dos pobres e analfabetos de todo o mundo. E em Salvador não é diferente. Há um grande contingente de mulheres negras, que são o sustentáculo dos serviços de menor remuneração, como os de doméstica, diarista e trabalho informal. Então, é uma realidade extremamente delicada, que precisa ser combatida e mudada.
Diante disso, as nossas parlamentares destacam a necessidade de aproveitar o pleito municipal de outubro próximo para garantir a ampliação da participação feminina nas casas legislativas das cidades. “Temos de eleger prefeitas e vereadoras, para balancear a ocupação das cadeiras, predominantemente masculinas. Ou temos de eleger prefeitos e vereadores que abracem a questão emancipacionista como uma questão social de grande importância no Brasil”, alertou a deputada Alice Portugal, pré-candidata à prefeitura de Salvador, que prometeu aprimorar o projeto de campanha neste sentido.
Secretária Municipal da Mulher do PCdoB Salvador e presidente da Comissão Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, a vereadora Aladilce Souza lembrou que na Câmara, dos 43 edis, apenas cinco são mulheres. Número semelhante ao da Assembleia Legislativa, onde são somente sete deputadas entre os 63 parlamentares. “Precisamos inserir essa discussão sobre espaço da mulher e a falta de oportunidade que limita a atuação na política e sociedade”, ponderou.
Justamente por isso, a secretária Estadual de Políticas para as Mulheres e presidente do PCdoB Salvador, Olívia Santana, defende o cumprimento da cota nos parlamentos. “É preciso derrubar esses muros e garantir o acesso das mulheres na vida pública. Não basta as chapas colocarem 30% de mulheres para concorrer. Tem que financiar as campanhas para que elas possam, de fato, se eleger. As pessoas precisam mudar a mentalidade no que diz respeito às mulheres no plano dos mecanismos de empoderamento de estado. Queremos também mais mulheres no Executivo”.
Alice complementou ainda que a ampliação e garantia dos direitos das mulheres é parte das ações de combate à sanha conservadora do país, que ataca, desde a presidenta da República até o direito mais elementar da mulher, a luta contra a violência. Olívia concluiu ainda, dizendo que “o dia da mulher tem que ser celebrado no Brasil, além da luta pelo empoderamento, com a defesa da democracia e contra o golpe”.