A primeira capital do Brasil completa 467 anos nesta terça-feira (29/03). Mas, mais do que uma semana de festas, a população soteropolitana precisa de respeito, serviço de qualidade no transporte público, mobilidade urbana, justiça social, direitos iguais, prevenção de tragédias em épocas de chuva e atenção igual para todas as áreas da cidade.
Ao invés disso, Salvador faz aniversário ostentando os piores índices entre as capitais do Brasil, com baixíssimos indicadores de qualidade de vida, sem investimento do poder público municipal em políticas de planejamento urbano e obras de infraestrutura. Ou seja, Salvador faz 467 anos com o povo abandonado à própria sorte.
Para o vereador Everaldo Augusto, as contradições provocadas pelas gestões irresponsáveis entristecem a população. “Vendo, de um lado a beleza natural, a riqueza cultural e a capacidade de trabalhar da população, e do outro as desigualdades gritantes, o apartheid social e a ausência de políticas voltadas para a maioria da população, a gente fica com a sensação de Salvador parou no tempo”.
É a capital da desigualdade, campeã do desemprego e da insegurança, do abandono da população negra e da juventude. Mas, para Everaldo, este quadro pode ser revertido. Só depende das opções que os soteropolitanos vão fazer nas próximas eleições. “Acredito que o povo saberá colocar a cidade no curso e ritmo normais em que deveria estar há tempos. Uma cidade pensada e tratada com dignidade para seu povo”.
A vereadora Aladilce Souza reforça que o maior presente que a capital baiana pode ter este ano é exatamente uma nova gestão, que tenha coragem de enfrentar a desigualdade e a pobreza e governe para todos os soteropolitanos. Uma administração pública voltada para o enfrentamento das desigualdades, com as políticas sociais que tanto o povo precisa. “Tirar Salvador do lugar em que se encontra e colocá-la à altura do povo soteropolitano, sofrido, mas guerreiro, que merece uma vida melhor”.