Um protesto foi realizado em Salvador, nesta terça-feira (13/05), contra as mortes dos jovens negros Bruno e Ian, que foram entregues por seguranças da rede de supermercado Atakadão Atakarejo para serem executados por traficantes, após um suposto furto de carne, segundo as investigações. O ato aconteceu em frente à unidade da empresa no bairro de Pernambués, e reuniu familiares e lideranças do movimento negro e de partidos de esquerda, como o PCdoB.

A mobilização aconteceu no dia em que a Lei Áurea completa 133 anos e, justamente por isso, também serviu para defender que a verdadeira abolição ainda não aconteceu, diante da violência praticada contra a população negra. Na atividade, também foi lembrada a recente chacina promovida pela polícia que matou 28 pessoas na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro (RJ).

“Estamos aqui para reivindicar e denunciar o racismo. Essa é uma causa de todos e todas da sociedade civil. Buscamos justiça para Bruno e Ian, que foram brutalmente assassinados por Teobaldo Costa, dono do Atakadão Atakarejo, e para a comunidade do Jacarezinho”, explicou Eldon Neves, presidente estadual da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), uma das entidades organizadoras.

O ato também bloqueou um trecho da Avenida Antônio Carlos Magalhães, uma das mais movimentadas de Salvador. Pedidos de Fora Bolsonaro também marcaram o protesto.