Notícia

Audiência debateu a importância de dar visibilidade às vítimas de violência

14 dezembro, 2015

Uma longa lista de problemas e caminhos a percorrer para garantir a vida e o bem-estar das mulheres na Bahia, incluindo a visibilidade aos casos e acolhimento psicológico. Essa foi uma das conclusões e reflexões que foram debatidas na manhã desta segunda (14/12), na audiência pública “O Silêncio das Inocentes: um Debate sobre Estupros na Bahia”, promovida pelo Ministério Público Estadual (MP-BA).
No debate, a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem) do MP, Márcia Teixeira, citou a importância da parceria de órgãos públicos, entidades e sociedade civil com os meios de comunicação para dar a visibilidade ao grave problema, especialmente neste momento no país, quando um projeto de lei do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) prevê uma série de dificuldades para mulheres vítimas de estupro serem submetidas legalmente a um aborto.
A secretária de Políticas para as Mulheres, Olívia Santana, também apontou a importância dos meios de comunicação na denúncia. “É preciso dar voz às vítimas para que as violências não ocorram de maneira impune”, disse.
O delegado Adailton Adan destacou os entraves do Estado para a execução do orçamento no enfrentamento à violência contra as mulheres. “Diante disso, nós acreditamos que para corroborar com o desfecho da polícia, precisamos ter um conjunto probatório técnico e específico para atender às necessidade dentro de um inquérito policial juntamente com as vítimas”, destacou o titular da 1ª Delegacia (Barris).
Dar voz e auxílio às vítimas é uma das principais preocupações e demandas que as instâncias que atuam no combate à violência com a mulher trabalham diariamente. “A vergonha que a mulheres sentem ao contar sua história é uma sensação que se constrói antes mesmo de chegar à delegacia. Por uma série de circunstâncias. Com isso, deixam de fazer o registro policial”, ressaltou a coordenadora do Serviço Viver, Dayse Dantas.
Após o registro da agressão, as mulheres violentadas ainda precisam superar um segundo momento: o tratamento no Instituto Médico Legal (IML). Mas, para ser menos doloroso o processo, foi criada a Sala Lilás no Instituto. O atendimento às mulheres vítimas de violência é muito importante para conseguir a condenação dos agressores e para o recolhimento de provas contra o agressor.
Com informações do Bahia.ba

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