Notícia

Bahia retoma projeto de combate ao trabalho escravo

28 outubro, 2015

A Bahia vai retomar o Projeto Ação Integrada (PAI), que tem a finalidade de coibir o trabalho degradante e a prática do crime do trabalho escravo ou análogo à escravidão. A intenção é também eliminar fatores que levam à vulnerabilidade desses trabalhadores, assim como promover a reinserção das vítimas no mercado de trabalho.
A informação é do secretário estadual do Trabalho e Esporte, Álvaro Gomes, que aposta na experiência realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) na região do Bico do Papagaio, no Maranhão, e que abrange ainda comunidades no Pará, Tocantins e Piauí, como uma alternativa inovadora e que pode ser aplicada também no Estado.
“A Bahia tem realizado esforços no combate ao trabalho escravo com atenção voltada a três eixos: prevenção, repressão e atendimento e atenção às vítimas”, destaca o titular da Setre, que considera a informação como principal instrumento para vencer esta chaga social. “O trabalho escravo é o inverso do que se propõe com o trabalho decente”, salienta.
De acordo com a OIT, o trabalho análogo à escravidão faz 21 milhões de seres humanos vítimas no mundo e gera um lucro estimado de 150 bilhões de dólares por ano.
Estratégia
Representante da OIT, Antônio Melo defendeu na Setre a estratégia aplicada na região do Bico do Papagaio, no Maranhão, como um caminho alternativo a ser seguido pela Bahia na inserção de 51 trabalhadores dos 225 resgatados em 2014. “Lá, a inserção está sendo feita através das atividades rurais associadas à filosofia da Economia Solidária”, justifica.
Coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Tânia Portugal observa que o Projeto Ação Integrada (PAI-Bahia) – iniciado em agosto de 2013 – parte da premissa de que a educação, aliada à qualificação profissional, é fator fundamental para inserção e permanência dos trabalhadores no mercado de trabalho.
Fonte: Setre
 

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