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Bancários defendem mudanças na campanha salarial

13 maio, 2015

Para debater as estratégias e desafios da Campanha Salarial 2015, a Coordenação dos Bancários da CTB se reuniu nesta terça-feira (12), em São Paulo, na sede da central.

De acordo com Eduardo Navarro, vice-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-Base), “além dos eixos principais como aumento real, garantia de emprego e condições de trabalho, os dirigentes classistas defenderão, junto ao comando nacional, mudanças na dinâmica da Campanha Salarial 2015, com propostas que coloquem o bancário no centro da discussão”.

Na opinião dos sindicalistas, a campanha salarial se dará num momento de grande agitação na sociedade brasileira, diante de uma crise econômica e política, que em nada afetou a lucratividade dos bancos. “Definimos as propostas, que ainda serão levadas ao comando nacional, que nos aproximem da base. A ideia da CTB é que tenhamos uma campanha salarial nas ruas, com muita agitação e pressão”, defendeu Emanoel de Souza, presidente da Federação da Bahia e Sergipe.

Mesmo em um ano de crise e efervescência política, os maiores bancos brasileiros tiveram recordes de lucro, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). As instituições ganharam com cobranças de taxas e serviços.  Lucros que serão aumentados com regulamentação da terceirização, defendida no PL 4330, que tramita no Senado Federal, e que já afeta sobremaneira o cotidiano da categoria.

A proposta do núcleo é elevar o debate da luta contra a terceirização para sociedade como um todo, visando a aglutinação das forças. “Fazem parte de nossas propostas ao comando nacional a organização de um núcleo de coordenação política e a formação de um comando único, ambos com a participação de todas as centrais sindicais”, argumentou Emanuel de Souza.

Ampliação da participação da base

Outra proposta construída pela coordenação é a implantação de critérios mais democráticos para as conferências estaduais e regionais, que permitam a ampliação da participação dos bancários da base, e o aumento no número de delegados na etapa nacional. “A coordenação dos bancários da CTB irá procurar as outras forças políticas com o objetivo de fazer um encaminhamento conjunto, no sentido de construir uma ampla unidade no comando”, declarou o sindicalista.

O objetivo do núcleo é unificar as forças e ouvir os bancários da base que, mesmo com a alta rentabilidade dos bancos, enfrentam cotidianamente assédio moral, pressão por metas e péssimas condições de trabalho. “Queremos ouvir as propostas em cada local de trabalho mediante consulta nacional”, defendeu Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA).

Portal CTB

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