O movimento social baiano organiza a tradicional Marcha das Mulheres, que esse ano acontece na próxima sexta-feira (13/3), em Salvador, como parte da programação pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado oficialmente no último dia 8. A concentração será na Praça do Campo Grande, a partir das 15h, e de lá os participantes seguem até a Praça da Sé.
Uma das entidades à frente do ato, a União Brasileira de Mulheres (UBM) vai às ruas esse ano com o slogan “Nenhum direito a menos: só direitos a mais”. Segundo a coordenadora estadual da UBM, Patrícia Vieira, e um dos principais ‘direitos a mais’ que as mulheres querem conquistar é a garantia de maior representatividade nos espaços de poder.
Por conta disso, a reforma política com o recorte para a presença feminina nas eleições será a principal bandeira levantada pela UBM. “Apesar de considerar os altos índices de violência e a relevância desse debate, nós estamos com essa bandeira [da reforma] porque ainda acreditamos que a conquista da igualdade passa pela paridade de gênero na política”, explicou Patrícia.
Ao tempo que chama atenção para a necessidade da conquista de mais direitos, a coordenadora estadual também reconhece os avanços que o movimento de luta das mulheres no Brasil obteve, a partir de 2003, com o Governo Lula. Ela lembra da aprovação da Lei Maria da Penha, de 2006, que deu mais rigor aos agressores de mulheres.
Feminicídio
Patrícia Vieira também comemora a sanção, pela presidenta Dilma Rousseff, na última segunda-feira (9), da Lei do Feminicídio, que coloca o crime de assassinato de mulheres por razões de gênero entre os tipos de homicídios qualificados. As penas podem variar de 12 a 30 anos de prisão.