Notícia

Carnaval de Salvador: segurança e participação popular em alta

12 fevereiro, 2016

Este ano foi o Carnaval da pipoca. Trios sem corda, grandes artistas – não só da música baiana – cantando para o povão, que não pagou pelo show, e circuito Riachão oficializado. Tudo com segurança garantida. Os vereadores Aladice Souza e Everaldo Augusto fizeram uma avaliação da festa momesca, destacando as coisas boas e as ruins.
Entre os pontos positivos, a segurança e a atuação da polícia merecem destaque. As polícias Civil e Militar montaram um esquema eficiente através dessas barreiras montadas em diversos pontos da cidade, com policiais trabalhando de maneira dedicada. A ação contribuiu para inibir a violência e garantir a segurança da população, e o resultado foi a redução no número de confusões e agressões registradas dentro e fora dos circuitos.
Mais um destaque foi a participação popular. Para o vereador Everaldo Augusto, o governo do Estado jogou grande papel para que o folião pipoca aparecesse de novo, patrocinando grandes estrelas do carnaval para desfilar nos trios sem corda.
Positiva também foi a ação das instituições de defesa da mulher e das minorias, como o Observatório montado para coibir as agressões à mulher, aos homossexuais, a discriminação racial, a exploração de crianças e fiscalização contra o trabalho infantil. “Vimos essas instituições de direitos humanos e o sistema de Justiça atuando de maneira ativa nas ruas durante o Carnaval. É uma coisa crescente as presenças na avenida de membros do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Comissão de Defesa da Mulher da Câmara”, apontou a vereadora Aladilce Souza.
A SPM, por exemplo, reforçou a campanha ‘Vá na moral ou vai se dar mal’, que saiu pelas ruas no primeiro dia da festa popular, no bloco Alerta Geral, homenageando Maria da Penha. De acordo com Aladilce, todos estavam no esforço para combater a violência, usando os instrumentos legais disponíveis, como a fiscalização da execução de músicas que desqualificam as mulheres. “Essas presenças fortes foram muito positivas, porque precisamos que o Carnaval seja de paz e respeito a todas as pessoas”, completou.
Mais uma coisa importante foi a ampliação do espaço para o folião pipoca este ano. Essa é uma tendência e o que se espera é que seja consolidado e permita o retorno ao Carnaval de chão, da espontaneidade, que não seja um espaço privatizado, com hegemonia de camarotes e blocos de corda. Para Aladilce, os blocos devem existir, mas o espaço para a liberdade, alegria e espontaneidade tem que ser priorizado.
Outro ponto relevante foi a atuação dos mototaxistas, que nos outros anos sempre foram reprimidos pela prefeitura. Este ano, conseguiram trabalhar em paz, graças à mobilização organizada do Sindimoto. Os trabalhadores se anteciparam, foram às ruas exigir respeito e direito ao trabalho. “Assim, o prefeito ACM Neto não teve outra alternativa, se não estender a eles as mesmas condições de trabalho dos taxistas. Durante esses dias de folia, pude perceber o quanto é importante o serviço de mototaxista para o Carnaval em Salvador.

PCdoB - Partido Comunista do Brasil - Todos os direitos reservados