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Comissão Política debate a conjuntura política e o projeto eleitoral

25 abril, 2016

A Comissão Política do PCdoB-Bahia se reuniu na manhã desta segunda-feira (25/04), em Salvador, para discutir o atual cenário político nacional e o projeto eleitoral para este ano no estado. No encontro, liderado pelo presidente do Comitê Estadual, Daniel Almeida, a Comissão deliberou, principalmente, pela necessidade de manter as mobilizações para barrar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“A batalha em defesa da democracia continua. Devemos agora manter a luta. A agenda da Frente Brasil Popular deve ser reforçada. A consciência democrática brasileira tomou a ofensiva no último período e as nossas manifestações chegaram a ser maiores que as dos golpistas. O 1º de maio deve ser massivo, um grande momento de denúncia do golpe e de suas consequências para a classe trabalhadora”, avaliou o presidente.

Sobre a derrota na Câmara dos Deputados, que aprovou, na última semana, a admissibilidade do processo de impeachment, Daniel Almeida explicou que o episódio revelou conspiração escancarada do vice da presidenta Dilma, Michel Temer (PMDB). “A sessão do dia 17 revelou ao Brasil e ao mundo o conteúdo golpista dos conspiradores. O golpe foi desmoralizado naquela mesma sessão: um chefe de quadrilha conduziu o processo [Eduardo Cunha, do PMDB]”.

Mesmo que o resultado tenha sido negativo na Câmara, Daniel avaliou que a atuação da esquerda foi positiva. “Fizemos um bom combate. O Congresso se submeteu à pressão do consórcio oposicionista liderado pelos meios de comunicação, setores do Judiciário, Polícia Federal e Ministério Público”. E acrescentou: “A ida de ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STF) à Globo pra defender a legalidade do golpe revela o comprometimento. É um absurdo um juiz do STF fazer discursos de cunho político”.

Os destaques na luta contra o golpe, para Daniel, foram os governadores Flávio Dino (PCdoB/Maranhão) e Rui Costa (PT/Bahia), que promoveram uma articulação para defender o mandato da presidenta. Sobre Rui, especificamente, ele disse: “O governador da Bahia demonstrou força política, coesionando a bancada, dando a maior votação contra o impeachment entre as bancadas no Brasil”.

O presidente do PCdoB-BA também apontou o avanço das forças reacionárias. “Há uma onda conservadora no mundo e em especial na América Latina. O Brasil é alvo dos ataques, o uso discurso da corrupção é o pretexto de sempre. No caso do Brasil não há nenhum ilícito contra a presidenta. A imprensa internacional não assimilou a tese do golpe. A grande maioria denunciou o golpe, desmoralizou os golpistas, inclusive a Rede Globo”.

Em relação à atuação dos comunistas no processo, Daniel garante que o PCdoB sai fortalecido. “Somos reconhecidos, respeitados pelo nosso desempenho em defesa da democracia, ganhamos prestígio. Tivemos papel político destacado. Nossa bancada é motivo de orgulho para os democratas desse país. A militância do PCdoB também se destacou porque teve participação ativa nas grandes mobilizações. O partido passa a receber grande número de novos filiados”.

Projeto eleitoral

Em que pese as dificuldades para a esquerda no Brasil, e levando em conta o momento de ascensão da luta popular contra o golpismo, a avaliação da Comissão Política foi de que o PCdoB-Bahia está bem situado para a disputa de 2016. Salvador, Vitória da Conquista, Itabuna, Juazeiro e Camaçari e as cidades onde já existem prefeitos comunistas são os projetos principais, e todos possuem viabilidade eleitoral.

Outras dezenas de cidades de porte médio e pequeno também estão construindo o processo de eleição de candidatos comunistas.

Encontros regionais

Os encontros de macrorregiões estão na agenda da estruturação partidária para debater o projeto eleitoral e a conjuntura política. Nas oportunidades, também serão eleitos os coordenadores macrorregionais. Uma agenda de encontros já foi definida: Região Sul (21-05), Sudoeste (06-05) e Sisal (08-05).  As outras regiões ainda definirão as datas.

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