A Assembleia Legislativa da Bahia será palco, na próxima segunda-feira (11/05), a partir das 9h, da próxima audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, destinada a apurar os casos de violência, mortes e desaparecimentos de jovens negros e pobres no país, que foi batizada de CPI do Extermínio da Juventude Negra.
A audiência vai debater prioritariamente sobre os casos de assassinatos de jovens negros, vítimas da ausência de políticas públicas de inclusão do Estado e tentar encontrar juntamente com a sociedade civil formas de solução para a problemática. Para aprofundar as discussões, o evento será divido por mesas de debates, nas quais estarão presentes representantes e familiares de vítimas da violência, a exemplo do capoeirista Mestre Ninha, pai do garoto Joel, morto em 2010 durante operação policial no Nordeste de Amaralina, e o Jorge Lázaro, pai do trapezista de circo Ricardo Matos dos Santos, executado por policiais na Boca do Rio enquanto jogava futebol com amigos.
De acordo com Davidson Magalhães, integrante da Comissão, a CPI é um instrumento de mobilização e conscientização da população e das autoridades envolvidas, e esta ida aos estados é fundamental, pois vai debater os problemas in loco. Segundo ele, foi traçado um roteiro de visitas, começando por onde a concentração dos registros de violência é maior.
Assim, para os deputados da CPI, este será um momento importantíssimo para a Bahia, que é o estado onde a polícia mais mata em termos relativos, segundo os Anuários da Segurança Pública (2012-2014), e conta com 21 cidades no ranking nacional dos municípios que mais matam jovens negros no Brasil.
Com agências