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Crise política é debatida na UFBA com José Reinaldo e Jean Wyllys

9 maio, 2016

Crise política atual: limites e possibilidades de enfrentamento. Esse foi o tema do evento promovido pelo Comitê da UFBA em defesa da democracia, que reuniu em um debate participativo o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, e a integrante da Fundação Perseu Abramo, Luciana Mandelli. O encontro aconteceu na Faculdade de Arquitetura da UFBA, Federação, na última sexta-feira (06/05).
Com um tema bastante polêmico e que está no centro das atenções dos brasileiros, o debate teve início com a explanação de Lídice da Mata. “Há um ano e meio estamos vivendo um tensionamento do governo da presidente Dilma Rousseff. Desde o final das eleições de 2014 existia a intenção em colocar o tema impeachment em pauta, eles só não sabiam de que forma”, declara.
Segundo a senadora, as articulações de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados alertava para os riscos que a democracia brasileira corria. “Esse golpe em curso não foi apenas orquestrado. Ele foi anunciado em todas as ações de Cunha”.
Para José Reinaldo, tanto o Brasil como a América Latina vivem um novo tipo de golpe, o institucional, que visa a retirada de presidentes eleitos democraticamente. “Eles inventaram um golpe midiático, parlamentar e judicial. Usam uma ditadura da erudição jurídica para cercear os direitos do povo. Tudo isso acontece porque a classe dominante não tolera a democracia, não aceita a justiça e a inclusão social”.
Já o deputado Jean Wyllys fez uma abordagem histórica para analisar o processo de impeachment da presidente Dilma. Segundo ele, “Lula fez um governo como nunca na história do país, é inegável, assim como é inegável que o PT recuou em relação às reformas estruturais de base prometidas”. Sobre a composição das Casas Legislativas de Brasília, ele afirmou que “esse Congresso pavoroso que eu já conhecia. Não ficamos chocados com o que vimos. O país ficou chocado. O povo é convocado tão somente para votar, mas não participa do processo.”

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