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CTB rebate notícia do Estadão: Não nos reunimos com governo golpista

16 maio, 2016

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) rebateu a notícia falsa que circulou na edição de domingo (16/5) do jornal Estadão, onde foi dito que a central participaria, em conjunto com outras entidades sindicais, de uma reunião com o presidente interino Michel Temer, esse que não é reconhecido por diversos setores dos movimentos sociais.
Adilson Araújo, presidente da CTB e um dos principais protagonistas na luta contra o golpe de Estado, que afastou a presidenta Dilma da Presidência por 180 dias, afirmou que não se negocia com governo que não possui a representatividade das urnas. “Diante das evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, denuncia.
CUT também não aceita se reunir com Temer
A maior central sindical do país também não participará da primeira reunião do governo do presidente interino Michel Temer com as demais entidades, na tarde desta segunda-feira (16), para discutir a reforma da Previdência anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na semana passada. Em entrevista ao 247, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, explicou o motivo:
“A CUT foi informada [da reunião] por companheiros das outras centrais. Não recebeu nenhuma convocatória oficial do governo transitório. Mas mesmo que recebesse, não iria, porque a CUT não reconhece esse governo, porque esse governo não foi eleito, deu um golpe no Brasil. Então para esse tipo de reunião a CUT não iria”, disse o dirigente sindical.
Freitas deixou claro que não acredita que Temer tenha mandado um ofício e excluído a CUT, mas sim que houve uma articulação para que uma das centrais organizasse o encontro. “Eu não sei se houve alguma convocatória oficial do governo provisório para as outras centrais, eu não tenho essa informação. Mas não acredito que o Temer tenha mandado um ofício. Ou se foi dado a algum dirigente algum tipo de tarefa de organizar essa reunião, eu acho mais provável a segunda hipótese”, declarou, citando o nome do presidente da Força Sindical, o deputado Paulinho da Força (SD-SP), como possível incumbido da missão.
Com agências

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