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Daniel Almeida: Impeachment perdeu força com rito do STF

11 março, 2016

O líder do PCdoB na Câmara Federal, deputado Daniel Almeida (BA), acredita que o processo de impeachment perdeu força na Casa. Ele avalia que, diferentemente do que diz a oposição, o rito do Supremo Tribunal Federal (STF) põe um fim na discussão do impedimento da presidenta Dilma Rousseff e que, agora, é a hora de ir para o debate de mérito.
“O acórdão [do STF] define de forma clara qual o procedimento será seguido daqui para frente. Agora, não há impeditivo para dar sequência ao processo de impeachment que está correndo na Casa. Queremos virar de uma vez por todas esta página do impeachment”, afirmou Daniel.
Os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra o rito de impeachment da presidenta, definido pelo STF, deverão ser julgados na próxima semana. A informação foi dada na última terça-feira (08/03), logo após reunião de deputados da oposição com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
O vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), a exemplo do líder comunista, não vê problemas na instalação da comissão especial do impeachment. Segundo ele, a medida contribuirá para esclarecer que não há motivos para a presidenta Dilma Rousseff deixar o governo.
“O governo quer, sim, instalar a comissão do impeachment, para acabar com esta brincadeira. A oposição brasileira, além de desqualificada, trabalha claramente contra o País. O governo não está preocupado com isso. Se votar amanhã e quiser instalar a comissão, a gente instala”, ressaltou Costa.
Sem força
O vice-líder do PCdoB, deputado Rubens Pereira Jr (MA) não acredita em alteração no resultado.  “Foi uma decisão completa. Então, não acredito que haverá mudança, sobretudo, no que é essencial: o voto vai ser aberto, a comissão especial vai ser formada por indicação dos líderes e quem decide sobre o processo é o Senado junto com a Câmara. O rito inventado do Cunha está sepultado”, avalia.
Ele avalia que o impeachment só tinha força com as regras impostas pelo presidente da Casa. “A oposição contava com o rito do Cunha, mas com regra clara até a oposição tende a diminuir os esforços em relação ao impeachment. Nós não temos medo do debate político sobre essa questão, pois não há base jurídica que sustente o impeachment. Com este rito do STF, nós não teremos golpe, nem vamos ter impeachment”, afirma Rubens Pereira Jr.
 
Colaborou: Ascom/Daniel Almeida

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