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Daniel: Cunha não tem moral para conduzir processo contra Dilma

18 março, 2016

“O povo brasileiro se lembra em que condições foi acatado o pedido de impeachment, pelo presidente denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) e que agora é réu na Operação Lava-Jato. Que autoridade tem esse presidente para conduzir esse pedido. Não tem legitimidade nem ética, nem moral. É apenas por um motivo de vingança e retaliação porque aqueles que não aceitam o resultado das eleições e tentam impor o 3º turno da disputa eleitoral, que é o objeto desse debate aqui.”
Com essas palavras dirigidas ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), manifestou a opinião do seu Partido, na tarde desta quinta-feira (17), na sessão para a eleição da comissão especial encarregada de analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“A saída não é o impeachment. Não há fato, nenhum jurista sério leva em consideração a alegativa das chamadas “pedaladas fiscais”. Portanto não há fato para pedido de impeachment”, discursou o líder comunista, sob tentativa da oposição de impedi-lo de falar que, aos gritos, alegava que ele não tinha o direito de falar como líder na sessão.
Garantindo seu tempo de discurso, Daniel Almeida continuou dizendo que o processo de impeachment “é um passo adiante para romper a legalidade democrática, de agredir a nossa democracia. Esse não é o processo normal”, cobrando do parlamento o papel que lhe cabe de enfrentar a crise com propostas para a retomada do crescimento.
E anunciou a disposição do campo progressista da Casa “de continuar a luta na comissão especial, nas instituições, como fizemos no STF, quando V.Sa. interviu, para normalizar o processo de impeachment, e nas ruas para debater uma agenda que interessa ao país”, finalizando com a palavra de ordem “Golpe não passará.”
Um dia depois que o STF rejeitou o recurso apresentado por Cunha, mantendo a decisão da corte sobre o processo do pedido de impeachment, o Presidente da Câmara convocou sessão para eleger a comissão especial que vai analisar o impedimento da presidenta Dilma.
No entanto, ao contrário do que ele queria, a comissão será formada a partir da indicação dos líderes partidários, a votação será aberta e o Senado é quem julgará, em última instância, o pedido de impeachment.
 
Fonte: Ascom/ Daniel

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