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Davidson Magalhães: “Serei um reforço para o PCdoB no Congresso”

13 janeiro, 2015

 
 
Nas eleições de outubro, o economista e vice-presidente do PCdoB-Bahia Davidson Magalhães disputou uma vaga na Câmara Federal e chegou bem perto de ser eleito. Com os 65.171 votos que obteve, permaneceu na 2ª suplência, um lugar confortável. Bastava mexer duas das 39 peças do tabuleiro – a bancada baiana possui 39 deputados federais – para a sorte no jogo mudar para Davidson. E ela mudou muito rápido.
Na composição do secretariado, anunciada ainda em dezembro do ano passado, o novo governador da Bahia, Rui Costa, incluiu os nomes dos deputados federais eleitos Nelson Pelegrino (Turismo) e Josias Gomes (Relações Institucionais), ambos do PT. A saída dos dois abriu o espaço para Davidson, que vai ter a chance de participar da cerimônia de posse, em fevereiro, junto com toda a bancada baiana e começar o mandato do início.
Agora, Davidson Magalhães se junta aos deputados Daniel Almeida e Alice Portugal e o PCdoB-BA retoma as três cadeiras que já teve, na Câmara. Nesta entrevista, o novo parlamentar fala do significado do mandato e dos desafios que enfrentará pela frente, a partir de fevereiro. Ele afirma que será um reforço para a promoção dos debates do PCdoB no Congresso, nesse que é, segundo ele, um momento de muito enfrentamento. Confira os principais trechos.
 
Mandato
Conseguir mais um mandato para o PCdoB recuperar essa cadeira que nós tínhamos ganho na penúltima eleição foi muito importante. Corresponde à força e à penetração que o Partido tem no Estado da Bahia e reforça, ainda mais, a distribuição geográfica da presença do PCdoB, principalmente porque a minha atuação política e a grande votação que obtive foi no Sul e no Extremo-Sul da Bahia.
Representação
Ao lado disso, a consolidação da representação de algumas áreas na Câmara Federal, como a luta da agricultura familiar, dos trabalhadores rurais. Isso também é decisivo para consolidar a nossa atuação, não só no conjunto do Estado, mas, também, em determinadas categorias específicas onde a gente tem presença.
Reforço no Congresso
É um reforço dos quadros do Partido no Congresso Nacional, exatamente em um momento onde o debate vai ser intenso, em relação ao nosso Projeto de Desenvolvimento Nacional. Nós precisamos ganhar mais vozes no Congresso que defendam esse projeto, que corte definitivamente as últimas linhas que ainda nos ligam a uma visão neoliberal da política macroeconômica. É um processo de aprofundamento das transformações sociais que o Brasil precisa.
Experiência e desafio
É um desafio importante pra mim, que vim de mais de 16 anos de atuação na área do Executivo, na ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], no Conselho Fiscal da Coelba, no Conselho Fiscal da Neoenergia, Bahiagás [Companhia de Gás da Bahia] por sete anos, secretaria do município de Itabuna e, agora, retomando, a atuação no Legislativo. Fui vereador por oito anos em Itabuna. Esperamos cumprir a expectativa dessa grande militância que nos levou à Câmara Federal.
Legislativo federal
Agora, muda a dimensão. Deixar de discutir temas localizados para discutir temas mais nacionais, em um momento de grande enfrentamento. Portanto, a profundidade da atuação vai para uma escala superior, não só do nível, mas da articulação com outras regiões do Estado. Hoje, eu não posso representar apenas uma cidade. Represento principalmente uma região, tenho um peso político na região, mas represento todo um projeto estadual, do Partido estadual e nacional.
 
 
 

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