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“Decreto do prefeito é de faz de conta”, diz vereador

15 março, 2016

O vereador Everaldo Augusto (PCdoB) afirmou que o Decreto assinado pelo prefeito na tarde desta segunda-feira (14/03), com mudanças no serviço de táxi da cidade, é “de faz de conta” por tratar de questões secundárias e não incorporar as reivindicações do setor majoritário da categoria, os auxiliares.  O parlamentar, que é autor do Projeto de Lei nº 146/2015, que tramita na Câmara Municipal e cobra, entre outras questões, a regulamentação da profissão, esteve na coletiva de imprensa e nega qualquer tentativa de tumulto, como acusou o Secretário de Mobilidade, Fábio Mota.

“Este comportamento hostil e agressivo demonstra total incompetência do Secretário em resolver os problemas da cidade. Ele foi convidado e não compareceu às três Audiências Públicas que realizamos para tratar de estacionamentos privados; regulamentação dos mototaxistas e dos taxistas auxiliares e se sente incomodado quando é questionado. Há muito tempo cobramos abertura de edital para concessão de novos alvarás; extinção das locadoras; reconhecimento profissional; fiscalização do transporte clandestino e carros com acessibilidade. Isso tudo depende de uma ação eficaz e democrática por parte da prefeitura, e os taxistas auxiliares querem participar desta discussão”, destacou.

No momento do anúncio das mudanças os profissionais faziam uma manifestação na frente da prefeitura. “Os taxistas querem muito mais do que um simples regulamento que apresente respostas paliativas para os graves problemas do serviço. Querem ser ouvidos”.

Taxista auxiliar é o profissional que não possui alvará e circula na cidade com veículos alugados. Segundo a Associação dos Taxistas Auxiliares da Bahia (Ataxi- Ba), a cidade possui cerca de 7mil táxis regulares e algo em torno de 6mil auxiliares. Por não possuírem alvarás (há 8 anos sem licitação) e veículos próprios, circulam com carros alugados e chegam a pagar R$ 800 por semana aos permissionários. Além disso, trabalham sem férias e normalmente tem carga horária desumana. “Também buscamos uma administração transparente quando cobramos do secretário que informe de fato quantos alvarás estão circulando na cidade e nas mãos de quem estão, porque não dá pra fechar os olhos e não fazer de conta que o problema não existe”, completou o edil.

Por Ascom do vereador

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