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Dilma defende mudar ECA para aumentar punição em caso de crime hediondo

17 junho, 2015

A presidenta Dilma Rousseff admitiu, nesta quarta-feira (17/06), que o governo poderá propor uma mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para aumentar a punição para adolescentes envolvidos em crimes hediondos. O tempo máximo de internação previsto no ECA é de três anos, sem diferenciar o tipo de infração cometida pelo adolescente.
Junto com o aumento da pena para adultos que aliciam jovens para crime, essa pode ser a estratégia do governo para criar uma alternativa à proposta do Congresso Nacional de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos.
“Em tempos em que se propõe a redução da maioridade penal, ao invés de a gente aprofundar a exclusão, com a pura e simples redução, preferimos trabalhar alterando de fato a legislação, atribuindo penalidades para o adulto que envolver crianças em atos da sua quadrilha ou mesmo alterando o Estatuto, tipificando o que aconteceria quando se praticam os chamados crimes hediondos”, disse a presidenta.
Dilma defendeu o acesso dos adolescentes ao mercado de trabalho como forma de afastá-los da violência e disse que quer implantar até o próximo mês o Pronatec Aprendiz, que vai permitir a contratação de aprendizes por micro e pequenas empresas, custeada pelo governo. Segundo a presidenta, o programa oferece caminho da prevenção, pois cria um passaporte para os jovens em direção ao mundo da dedicação, do trabalho e das oportunidades.
Está marcada para hoje (17) a discussão e votação do parecer sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) 171/93 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. A proposta tramita em uma comissão especial que analisa o tema e deverá ser levada ao plenário da Câmara no próximo dia 30.

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