Notícia

“É ditatorial”, diz Sinpojud sobre atual gestão do TJ-BA

3 junho, 2015

A diretoria do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia (Sinpojud) emitiu uma nota, na última terça-feira (2/6), em resposta ao atual presidente do Tribunal de Justiça (TJ-BA), Eserval Rocha, que apresentou a situação da Justiça baiana em uma entrevista publicada no Jornal A Tarde de segunda-feira (1º). Ao jornal, o presidente disse que o principal problema do Tribunal é a folha de pessoal.
O sindicato afirmou que a entrevista revelou um completo desconhecimento de Eserval Rocha em relação aos problemas do Judiciário baiano e informou que há um déficit de mais de 10 mil vagas no funcionalismo da categoria contrastante com os privilégios dados aos magistrados. “[Mesmo com o déficit] o presidente aumentou o subsídio dos magistrados em quase 14,5%, além do auxílio-moradia”, diz a nota.
A entidade também afirmou que os servidores do Tribunal estão “compelidos à exaustão física e psicológica, diante das cobranças de seus superiores, além de estarem sobrecarregados e constantemente são obrigados a substituírem e acumularem outros cargos sem receberem o pagamento das substituições”, continuou a publicação do sindicato.
O Sinpojud ainda criticou o perfil da atual gestão, que considera “ditatorial” e “unilateral”, principalmente pelo fato de o presidente ter informado estar elaborando um novo Plano de Cargos e Salários (PCS) dos servidores. O processo está sendo feito sem a participação da entidade, que representa os servidores.
Além disso, a nota questiona os gastos do presidente, que disse na entrevista ter feito uma economia significativa durante os 18 meses de sua gestão. “A cada visita que o Sinpojud faz, tanto nas unidades da capital ou do interior, presencia estruturas caóticas e ambientes insalubres de trabalho, como já denunciado diversas vezes na imprensa local ou mesmo nas Corregedorias”.
Eserval Rocha assumiu a presidência do TJ-BA em 2014 e permanece até o final deste ano. Antes de assumir o cargo, ele já estava como interino, em decorrência do afastamento de Mário Hirs, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para a apuração de suspeitas de corrupção.
 
 
 

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