Notícia

Em defesa do SUS, sede do Ministério da Saúde é ocupada em Salvador

30 maio, 2016

Na manhã desta segunda-feira (30/5), integrantes das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, professores, trabalhadores da saúde, jovens e movimentos sociais em defesa do SUS ocuparam a sede do Ministério da Saúde na Bahia, localizada no centro de Salvador.
A ocupação, segundo os participantes, é contra o golpe, o governo Temer e a perspectiva de perda de direitos e retrocessos no SUS, conforme as declarações e políticas apresentadas na última semana pelo presidente interino e ministros.
Durante a tarde, a deputada federal Alice Portugal, que é farmacêutica; a vereadora Aladilce Souza, enfermeira; e Julieta Palmeira, dirigente estadual do PCdoB e integrante dos Médicos pela Democracia; estiveram presentes na ocupação.IMG-20160530-WA0026
Segundo Julieta, a ocupação do Ministério da Saúde tem a ver com a resistência ao golpe e seu impacto no SUS. “Ignorando o sub-financiamento do SUS, o ministro da Fazenda do governo interino anunciou no último dia 23 , a limitação dos gastos com ações e serviços públicos de saúde e prevê como limite de variação anual do gasto público a taxa de inflação do exercício anterior, o que incluiria também os gastos com saúde e educação que, há muito tempo, são regulados por dispositivos específicos na Constituição Federal. Querem alterar a constituição para redimensionar  o SUS e desnutri-lo de recursos. E ai está a PEC 143/2015.”
Entidades ligadas à saúde estimam que o Sistema Único de Saúde (SUS) perderá R$ 80 bilhões com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que espera segundo turno de votação no plenário do Senado. A PEC foi proposta pelo PSDB e Romero Jucá elaborou o substitutivo que será votado. A PEC permite aos estados, Distrito Federal e municípios aplicarem em outras despesas 25% dos recursos hoje atrelados a áreas específicas, como saúde, tecnologia e pesquisa, entre outras.
Aladilce Souza, na ocasião, falou da importância da atividade. “Sou enfermeira com muito orgulho, por isso participei das atividades da manhã e da tarde, me solidarizando com os manifestantes e unindo forças para evitar o desmonte do SUS e defender a democracia. A hora é de união. “

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