Notícia

Encontro Sindical do PCdoB reúne 250 lideranças de todo o país no RJ

30 novembro, 2015

Reunindo 250 lideranças sindicais de todo o país, a Secretaria Sindical do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realizou na quinta e sexta-feira (26 e 27/11), no Rio de Janeiro, o 6º Encontro Nacional Sindical. A tese principal que norteia os debates do encontro afirma: “Para o Partido, o movimento sindical classista é ferramenta indispensável para enfrentar e reverter esse quadro de di­ficuldades. Os sindicatos são polos de organização, mobilização e politização dos trabalhadores. Para dar consequência a esses grandes objetivos, é fundamental o protagonismo dos trabalhadores na grande política. Essa grande política, no entanto, precisa ‑ unir por uma ampla rede de organizações de base, alicerce básico para avançar em direção a nosso rumo estratégico, a construção do socialismo”.
O encontro contou com  três mesas temáticas: “A construção partidária entre os trabalhadores”, com a palestra do Secretário Sindical Nacional do partido, Nivaldo Santana; “Nova luta pelo socialismo”, com Renato Rabelo, membro do Comitê Central do PCdoB; e “”A luta pela hegemonia e o trabalho intersindical”, com o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo.
Segundo Nivaldo Santana, o objetivo era debater os desafios dos trabalhadores diante de uma conjuntura complexa de ofensiva conservadora e turbulência econômica. “A luta atual passa pela defesa da democracia e contra as maquinações golpistas, pela retomada do crescimento econômico e dos direitos trabalhistas e sociais. Consideramos que a política correta deve buscar o equilíbrio que contemple essas questões”, enfatizou Nivaldo, ressaltando que a garantia desses avanços é essencial o “fortalecimento do PCdoB, particularmente entre os trabalhadores”.
Nivaldo salientou que a atual polarização política tem criado um ambiente que tenta criminalizar a participação política. “É uma tentativa de tentar afastar os trabalhadores da luta política. Existe uma certa demonização da política, dos partidos e da participação organizada. O remédio é avançar na estruturação de um partido com o conteúdo programático do PCdoB. Essa é um dos temas que vamos debater nesse encontro para elevar a a organização do partido fortalecendo o protagonismo dos trabalhadores para derrotar esse despolitização que existe no ´pais, produto do consórcio oposicionista que reúne os conservadores, a mídia e o poder financeiro”, defendeu.
O dirigente também destacou que a participação política ajuda a organizar a luta e fortalecer o protagonismo dos trabalhadores, que podem intervir de forma a definir os rumos econômicos e sociais do país.
“O trabalhador tem que participar do movimento sindical e do partido político. Cada uma tem a suas particularidades, sua dinâmica própria e autonomia. Mas é preciso ter claro que o sindicalismo classista, que combate à exploração capitalista, precisa de um sindicato que intervenha na política. Quem pensa em impedir isso são os que defendem a perpetuação do regime de exploração capitalista”.
Para Adilson Araújo, da CTB, o encontro demonstra que “o PCdoB enxerga a classe trabalhadora como uma importante força para protagonizar as mudanças que o país precisa”.
Ele lembrou que o país viveu um período de avanços com a aumento da renda, do emprego e a valorização do trabalho, que acrescentaram novos elementos e fortaleceram as reivindicações dos trabalhadores. “Diante da profundidade da crise em que a classe trabalhadora têm sofrido os reflexos dessa retração econômica, a ação sindical não é o fim, mas o meio. Por isso, os trabalhadores precisam ter uma consciência mais elevada para garantir os avanços necessários”, disse.
Adilson disse ainda que “é preciso esclarecer e conscientizar as bases sindicais sobre o que está acontecendo, desnudando os objetivos capitalistas e mobilizar amplas massas para fazer frente às forças conservadoras”.

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