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“Fomos desrespeitados”, diz Daniel sobre votação da reforma política

27 maio, 2015

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), integrante da Comissão Especial da Reforma Política na Câmara Federal, criticou duramente a decisão dos líderes, tomada em conjunto com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de cancelar a sessão que votaria, na última terça-feira (26/5), o relatório elaborado pelo colegiado. “Nunca fui tão desrespeitado como neste episódio”, desabafou Daniel.
A Comissão da Reforma Política foi criada no início da atual legislatura, a fim de discutir as principais propostas de alterações nas regras do processo eleitoral brasileiro. No entanto, de forma considerada autoritária por Daniel Almeida, o presidente decidiu que o resultado do trabalho feito pela comissão não seria apreciado, levando o tema da reforma política para ser votado diretamente no plenário.
“Essa comissão se instalou, trabalhou esses três meses, ouviu o movimento social, juristas, autoridades, lideranças partidárias, percorreu o País, debatendo a reforma política, gerando expectativa, colhendo sugestões dos mais diversos segmentos. Não há nenhuma satisfação a esses que se envolveram no debate em torno da reforma política. Sinceramente, não podíamos concluir essa etapa da comissão desse jeito”, continuou o deputado comunista.
No desabafo, Daniel Almeida ainda criticou o fato de serem reiteradas as decisões autoritárias na Casa.  “Nós não podemos conviver com práticas que têm perdurado nesta Casa de autoritarismo, de imposição de caminhos para o funcionamento do Poder Legislativo. Podemos ter divergências em relação ao mérito, mas o lugar de debater é na comissão”, completou.
Composta por 34 membros titulares, a Comissão de Reforma Política teve como relator o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
 
 
 
 

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