Entre os três pilares essenciais das reivindicações dos servidores públicos do Estado, expostos em reunião nesta quarta-feira (25/02) com o secretário de Relações Institucionais (Serin), Josias Gomes, está o pagamento do reajuste sem a utilização de parcelas, como ocorre nos últimos anos.

De acordo com a presidente da Fetrab (Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia), Marinalva Nunes, os funcionários querem repasse inflacionário linear retroativo a janeiro de uma só vez. A alegação é de que no ano passado a segunda parcela do reajuste não retroagiu ao primeiro mês.

No documento entregue ao secretário, com data de 23 de dezembro de 2014, também consta o estabelecimento do salário mínimo como piso para a remuneração do funcionalismo na Bahia. De acordo com Marinalva, em torno de 34 mil servidores vivem este problema, a exemplo de soldados da Polícia Militar, técnicos de nível médio e auxiliares, com acúmulo de 63,46% de perda salarial entre 2013 e 2014. Para estabelecer o salário mínimo e recuperar as perdas, o aumento salarial deve ser de, no mínimo, 8,84%.

Presentes na reunião, representantes do Sindpoc, Sindisaúde, Sindsefaz e APLB Sindicato fizeram reivindicações específicas para as categorias, a exemplo do cumprimento do piso nacional do magistério; uma nova sede, com mais infraestrutura, para o Planserv; pagamento da URV (Unidade de Real Valor).

O secretário se comprometeu em levar as discussões às secretarias da Administração e da Fazenda e aprofundar os debates nas próximas rodadas de negociação, que ainda não têm datas previstas.

Sobre a URV, ele informou que é decisão governamental acatar a decisão judicial, como aconteceu em Rondônia, Alagoas. Na Bahia, apenas algumas categorias foram beneficiadas. Policiais e professores ainda sofrem com a expectativa.