Os servidores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em greve desde o dia 17 de julho, realizam protesto na frente do Hospital Roberto Santos na manhã desta terça-feira (28/07). A categoria quer a reabertura da negociação com o governo.
A paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que entendeu não ser válido o principal argumento do sindicato para a deflagração da greve: o corte do adicional de insalubridade. Para o órgão, a paralisação deve ser suspensa, por conta da essencialidade dos serviços de saúde e os graves prejuízos acarretados para a população. Com descumprimento da decisão judicial, será cobrada uma multa diária de R$ 50 mil. Além disso, no último dia 24, o governo informou que vai descontar os dias não trabalhados dos grevistas, a partir de 19 de julho.
De acordo com a diretora do Sindsaúde, Inalba Fontelle, a categoria garantiu a permanência dos serviços realmente essenciais. “Não estamos fazendo uma greve a portas fechadas, trancadas com cadeados. Com responsabilidade, continuamos prestando a assistência necessária aos casos urgentes e informando o que é necessário à população”, explicou.
Reivindicações
Entre os pedidos da categoria está a correção do vale-transporte e do vale-refeição, a inserção no plano de saúde, reposição salarial e o fim do corte do adicional de insalubridade, anunciado pela Secretaria de Administração (Saeb).
O pagamento do adicional de 1.518 servidores foi cancelado por recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). De acordo com o Sindsaúde, o adicional de insalubridade corresponde de 30% a 40% do salário básico.
No total, 1.471 funcionários do órgão que cumprem funções administrativas devem ser afetados pela medida. Destes, 883 trabalham na sede da secretaria, situada no CAB, 73 fazem parte do quadro de pessoal da Escola Estadual de Saúde Pública e outros 515 estão espalhados em outros setores.
Para pressionar o governo a atender o pleito, a categoria marcou nova manifestação para esta quarta-feira (29/07), no Campo Grande, às 9h.
