Notícia

Iniciativa insere vítimas de trabalho escravo nas obras da Fiol

8 janeiro, 2015

Trabalhadores baianos resgatados do trabalho escravo e integrantes do Projeto Ação Integrada Bahia (PAI-Bahia) vão ser inseridos no quadro de funcionários das empresas que constroem a Ferrovia de Integração Oeste e Leste (Fiol), no trecho Caetité-Barreiras. A decisão foi tomada em uma reunião entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), e representantes da empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes.
Segundo a Setre, a inserção dos trabalhadores deve acontecer ainda neste primeiro semestre de 2015. “A ação a ser concretizada eleva esses trabalhadores ao patamar do trabalho decente, com todas as garantias de proteção social. Trata-se de uma iniciativa de inclusão social, uma das metas deste Governo e, em especial da minha administração”, explicou Álvaro Gomes, titular da Setre.
O acordo foi firmado no município de Santa Maria da Vitória, na última terça-feira (6/1), e contempla os resgatados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entre os meses de fevereiro e setembro de 2014. Na lista do MTE constam 231 trabalhadores, sendo que 51 deles já foram abordados pela equipe de campo do PAI-Bahia, em uma série de entrevistas, a fim de obter informações mais precisas sobre o perfil do grupo.
Oriundo de Mato Grosso, o Projeto Ação Integrada na Bahia conta com o apoio das secretarias do Trabalho e Esporte (Setre) e Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS). Também parceiros na replicação do projeto, as superintendências Regionais do Trabalho da Bahia (SRTE/Ba) e do Mato Grosso (SRTE/MT), além do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
O projeto começou a ser replicado ano passado, atendendo, inicialmente, a 21 trabalhadores, entre os 120 que foram resgatados em condições degradantes em um canteiro de obras na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais). Aqueles que aderiram ao PAI-Bahia foram inseridos na área da Construção civil, nas obras executadas pela Odebrecht, no município de Paranaíta, em Mato Grosso.
 
Da Redação.
Colaborou Ascom/Setre

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