No próximo dia 29 de março, Salvador completa 467 anos e a prefeitura festa prometeu uma festa “de arromba”, com sete dias. Mas, o anúncio causou muitas insatisfações. Para a vereadora Aladilce, líder da bancada de oposição da Câmara Municipal, em um contexto de queda na arrecadação de impostos, outras áreas deveriam ser priorizadas pela gestão municipal.
“Somos uma cidade pobre, portanto a prioridade do investimento deve ser voltada para o social. Temos uma capital com um sistema de saúde pública completamente destroçado. Vemos uma cidade que, entra ano e sai ano, sofre com deslizamentos de encostas durante o período de chuvas, mas que não está passando por obras de micro e macrodrenagem. A verdade é que as prioridades dessa gestão estão trocadas. A prefeitura precisa rever isso”.
Segundo relatório apresentado pela Secretaria da Fazenda, na última segunda-feira (29/02), o gasto previsto para a assistência epidemiológica era de R$ 7 milhões, mas em tempos de tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya o valor aplicado foi R$ 800 mil. Na assistência ao idoso, o orçamento previa dotação de R$ 536 mil e R$ 200 mil para assistência à criança e ao adolescente só que nada foi investido nas áreas.
Ela ainda critica o fato do orçamento para propaganda ter crescido no ano passado. “Seria de R$40 milhões para todo o ano de 2015, mas foram utilizados mais de R$60 milhões ao fim do ano”, explicou.