Notícia

Javier Alfaya esclarece inclusão do nome em operação da PF

6 janeiro, 2015

O secretário nacional de Cultura do PCdoB e ex-deputado estadual na Bahia pelo partido, Javier Alfaya, em resposta às notícias sobre o surgimento do nome dele nas investigações da Polícia Federal (PF) na Operação Lava-Jato, nega qualquer envolvimento em esquemas de corrupção, em todos os 25 anos de participação na vida pública – como parlamentar ou gestor. Não há, segundo ele, a menor possibilidade de estar vinculado aos atos investigados.
Alfaya explica que, em todas as eleições que concorreu, teve as contas relativas aos gastos de campanha aprovadas, e que todas as arrecadações sempre foram muito discretas. “A todos e todas a quem pedi contribuição [para as campanhas] não tinham relação – pelo menos que eu soubesse – com suposto esquemas sob investigação, nem tinham relação com a Petrobrás ou empresa pública”, escreveu.
O militante do PCdoB afirmou, ainda, que é o maior interessado em conhecer os detalhes das investigações e que vai buscar informações sobre as notícias que estão sendo veiculadas. Javier Alfaya aproveitou a ocasião para reiterar o posicionamento contrário ao financiamento empresarial de campanha e para defender uma reforma política democrática urgente no Brasil.
Confira o esclarecimento na íntegra:
Faço um esclarecimento urgente. Saiu na edição de hoje do Jornal “A Tarde” uma nota na página B2, intitulada ” PF levanta suspeita sobre Javier Alfaya”.
O texto fala que meu nome apareceria em agenda de doleiro sob investigação na operação “Lava-Jato”.
Faço questão de deixar bem claro que as contas de minhas campanhas sempre revelaram a verdade, e estão todas aprovadas, e revelam custos muito discretos, refletindo o caráter mais militante das campanhas, nunca baseadas em compra de votos ou coisa parecida.
Acabei de pagar há poucos meses atrás dois empréstimos bancários fruto das dificuldades financeiras decorrentes das campanhas para deputado estadual de 2010 e de vereador de 2012. Não possuo bens a não ser dois apartamentos quarto e sala declarados no Imposto de Renda e dois automóveis comprados com financiamento bancário, um deles começando agora em janeiro.
Quem me conhece de perto sabe que não me mexo na vida atrás de símbolos de status social num sistema de valores que luto para superar. Patrimônio exagerado e riqueza não fazem parte de meus objetivos, me envolver em esquemas pouco claros na política não faz parte do meu passado, nem presente, nem o será no futuro. 
Sou o maior interessado em saber o que consta nessas anotações e o porquê disso.
Não tenho atividade empresarial de qualquer tipo e nos últimos 25 anos tenho desenvolvido atividades parlamentares, como vereador e deputado, e cargos de nomeação política, articulados pelo Partido, o PCdoB, vivendo financeiramente falando dos salários decorrentes de minhas atividades institucionais.
Não existe a menor possibilidade de ter participação em atos como os que tem sido objeto das investigações.
Vou tomar o máximo de informações a partir de hoje e manter todos informados sobre episódio.
Repito que o maior interessado em saber sou eu. E não tenho nada a esconder ou do que me envergonhar.
Pela reforma política democrática já! Pelo fim das contribuições de empresas para campanha e pela adoção da contribuição pública e pessoal/individual para a atividade eleitoral e política. 
É o que penso e defendo, é o que defendemos no PCdoB.
 
 

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