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Jovem negro corre 3,5 vezes mais risco de morte na Bahia

7 janeiro, 2015

Os jovens negros baianos correm 3,5 vezes o risco de morrer do que os brancos. É o que revela o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ 2014), resultado de uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e que será divulgada nos próximos dias.
O estudo calculou taxas de homicídio de jovens negros (pretos e pardos) e brancos, de 12 a 19 anos, a partir de informações do banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) de 2012.
A Paraíba ficou no primeiro lugar do ranking, com um índice de 13,4, seguido por Pernambuco (11,5), Alagoas (8,7), Distrito Federal (6,5) e Espírito Santo (5,9).
Já os estados com menores índices são o Paraná (0,7) – único em que o jovem branco tem mais risco de ser alvo de homicídio do que o negro -, Santa Catarina (1,4), São Paulo (1,5), Rio Grande do Sul (1,7) e Tocantins (1,8).
No que diz respeito às regiões brasileiras, a pesquisa também apontou que o Nordeste possui a maior discrepância, com os homicídios de jovens de negros (87) alcançando um índice quase quatro vezes maior do que a de brancos (17,4).
Em todo o país, quase 30 mil jovens foram assassinados em 2012. Destes, 76,5% eram negros ou pardos, totalizando um percentual de 225% em relação ao número de brancos mortos.
O Relatório tem o objetivo de gerar informações e indicadores para a criação de políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência contra jovens.
Com agências
 

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