Terça-feira, 8 de março. Como já é tradição, integrantes de movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos, estudantes e ocupantes de cargos políticos se reuniram em mais uma Marcha das Mulheres, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que percorreu o trajeto do Campo Grande à praça Castro Alves, centro de Salvador.

De acordo com a Polícia Militar e organizadores do evento, cerca de 4 mil pessoas marcharam contra a violência e por mais direitos para as mulheres. Munidas de cartazes, faixas e bandeiras, as mu
lheres apresentaram à população as demandas e reivindicações da população feminina, que mesmo sendo a maioria no país, ainda é subrepresentada em espaços de poder, a maior vítima de violência e estupros no país.
Sempre presentes nas lutas emancipacionistas femininas, a deputada federal Alice Portugal ressaltou a importância do ato. “Essa é mais uma caminhada histórica para nós em defesa dos nossos direitos, contra a opressão, a violência e a desigualdade. Temos uma pauta regressiva no Congresso, que quer legislar sobre nosso corpos e direitos. Precisamos estar cada vez mais unidas”, alertou.
Durante o ato, a presidente do PCdoB Salvador e secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), Olívia Santana, reafirmou o combate a qualquer tipo de violência contra a mulher e a importância em ir às ruas defender direitos e buscar mais igualdade de gênero na sociedade.
Aladilce Souza, vereadora de Salvador, salientou a tímida participação feminina nos espaços de poder e na política. Segundo ela, é urgente o fortalecimento de campanhas femininas, para que o percentual de mulheres seja maior nas Câmara de Vereadores, Assembleias Legislativas e Prefeituras.