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Olívia comemora instalação de busto de Mãe Gilda em Salvador

2 dezembro, 2014

A secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, Olívia Santana, comemorou a inauguração do busto da ialorixá Mãe Gilda, símbolo da luta contra a intolerância religiosa, na Lagoa do Abaeté, um dos pontos mais conhecidos da capital baiana, na última sexta-feira (28/11). Olívia é autora do projeto que criou o Dia Municipal de Combate ao Racismo, em Salvador, no 21 de janeiro, em alusão à data de morte de Mãe Gilda.
Gildásia dos Santos, que era o nome de batismo da religiosa, morreu no ano 2000, vítima de um infarto, após ver o rosto estampado no jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, em uma matéria depreciativa. A publicação usou uma foto da ialorixá para ilustrar um texto cujo título era “Macumbeiros e charlatões lesam a vida e bolso de clientes”. Desde então, uma luta foi travada por uma indenização e uma série de ações criadas pelo respeito à diversidade.
“Foi uma importante iniciativa do governo federal implantar o busto de Mãe Gilda, essa mulher que hoje é símbolo nacional da luta contra a intolerância religiosa. Apesar de Salvador ser uma cidade de maioria negra, nós só tínhamos dois monumentos dedicados à mulher negra. Este é o terceiro”, destacou Olívia, que esteve presente na cerimônia de inauguração.
Os outros dois monumentos de mulheres negras na capital a que Olívia se refere são o de Mãe Preta (Boca do Rio) e o de Maw Runhó (Engenho Velho da Federação). A escolha da Lagoa do Abaeté para a instalação do busto de Mãe Gilda se deu porque é nas imediações do local que funciona o terreiro Ilê Axé Abassá, que hoje é administrado pela filha dela, Jaciara dos Santos.
Depois da iniciativa de Olívia Santana, que apresentou o projeto de lei quando era vereadora de Salvador, o deputado federal Daniel Almeida, também do PCdoB, levou o projeto para a Câmara dos Deputados e transformou o 21 de janeiro em Dia Nacional de Combate à intolerância. A proposta foi sancionada em 2007 pelo presidente Lula.
Liberdade
A inauguração do busto é, ao mesmo tempo, uma homenagem a Mãe Gilda e ao povo negro, e mais uma ação pelo fim da intolerância religiosa. Para Olívia, o novo monumento representa que a luta pela igualdade está viva. “Seguiremos em frente defendendo a liberdade e a eliminação do racismo em todas as suas formas de expressão”, concluiu.
 
 

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