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Olívia Santana: “Intolerância religiosa é uma faceta do racismo”

25 janeiro, 2016

A União dos Negros pela Igualdade (Unegro) realizou, na última quinta-feira (21/01), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, um debate sobre o tema, no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador. O evento contou com a participação de Olívia Santana, secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, que tratou da relação entre as discriminações religiosa e racial no Brasil.
“Sabemos que a intolerância é uma faceta do racismo, principalmente quando ela acontece no nosso estado, no nosso país, dirigida ao segmento das religiões de matriz africana. Este é o principal alvo da intolerância no Brasil. Por tanto, se é assim, a intolerância efetivamente é racismo, e há uma consciência coletiva de todas e todos referente a esse fato”, disse Olívia, que também é secretária de Política para as Mulheres do Governo do Estado.
Olívia Santana é a autora do projeto que instituiu, em Salvador, o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, em 2004, quando ela era vereadora da capital. Em 2007, a proposta da vereadora foi aprovada na Câmara Federal, por iniciativa do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), incluindo, assim, o 21 de janeiro no calendário nacional.
Além de Olívia Santana, também participaram a presidenta estadual da Unegro, Sirlene Assis; o advogado e coordenador executivo da Secretaria de Promoção à Igualdade Racial da Bahia (Sepromi), Sérgio São Bernardo; o babalorixá, poeta e antropólogo Júlio Braga; o jornalista e antropólogo Marlon Marcos; e o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro.
Durante o debate, chamado de “Limites e Desafios Institucionais de Enfrentamento à Intolerância Religiosa no Brasil”, foi destacado que, para além de ‘tolerar’, é preciso buscar o respeito e o reconhecimento de toda a contribuição que os povos de terreiro trouxeram para a cultura baiana. Também foi mencionado que, como a intolerância é uma forma de racismo, deve ser penalizada legalmente.
Colaborou: Ascom SPM-BA

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