Com o objetivo de pedir o apoio da população para a greve, iniciada dia 17 de julho, centenas de servidores estaduais da Saúde promoveram passeata do Campo Grande à Praça Castro Alves, nesta quarta-feira (29/07).
“Um governo democrático não leva greve de trabalhador para a Justiça. Ao contrário, bota a pauta de reivindicações na mesa e chama pra negociar”. Assim a vereadora e diretora do Sindsaúde-Ba, Aladilce Souza, definiu o que chamou de “autoritarismo e intransigência” do governo. Ela criticou o fato do governo ter pedido a ilegalidade da greve logo no segundo dia da paralisação, antes mesmo de abrir o diálogo com o comando do movimento.
A diretora Inalba Fontenelle também pediu o apoio dos trabalhadores e populares para a causa dos servidores da Saúde, argumentando que a luta da categoria é pela melhoria das condições de assistência à população, o que depende diretamente da valorização da categoria.
Sobre a convocação feita pelo secretário Fábio Vilas-Boas para uma reunião, o presidente do Sindsaúde-Ba, Sílvio Roberto dos Anjos e Silva, disse que a entidade compareceria para ouvir a proposta do governo. Mas, observou: “A administração não tem avançado um milímetro em relação à nossa pauta de reivindicações. E nós não vamos aceitar nenhuma retirada de direitos”.
Sílvio chamou atenção para a pauta de reivindicações da greve, que possui 10 itens, incluindo a regulamentação do Plano de Carreira, a revogação do corte do adicional de insalubridade, a implantação do plano de carreira dos técnico-administrativos, a incorporação da Gratificação de Incentivo ao Desempenho (GID) ao salário base e o pagamento da URV.
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES
1– Revogação do corte do adicional de insalubridade
2 – Revisão da regionalização da saúde de acordo com as discussões realizadas com os trabalhadores em cada Núcleo Regional de Saúde.
3 – Implantação imediata da progressão no PCCV do grupo saúde e agilização das discussões para regulamentação da promoção;
4 – Implantação de carreira para o grupo técnico administrativo;
5 – Incorporação da GID ao salário base;
6 – Fim da privatização dos serviços públicos de saúde sejam OS, PPPs, PJ e terceirizações para grupos privados lucrativos ou filantrópicos;
7 – Revisão do valor de ticket alimentação, auxílio transporte e do valor das diárias;
8 – Melhoria das condições de trabalho e assistência à população;
9 – Realização de concurso público para todos os cargos do grupo saúde e grupo técnico administrativo;
10 – URV