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PCdoB-BA debate projeto de resoluções com movimentos populares

6 maio, 2015

Com auditório cheio, o Diretório Estadual do PCdoB realizou a Plenária Sindical, nesta quarta-feira (6/5), no Sindicato dos Bancários da Bahia, em Salvador, para discutir o projeto de resolução da 10ª Conferência Nacional do Partido, que acontece no final do mês, em São Paulo. Inicialmente destinado aos dirigentes sindicais, o encontro foi aberto também aos movimentos sociais, à juventude e aos organismos de base.
O projeto de resolução foi aprovado pelo Comitê Central, em março, e é dividido em quatro partes: análise da conjuntura global, atualização da construção partidária, sucessão presidencial no partido e regulamentação da conferência.  Além do debate sobre as resoluções, a plenária serviu também para discutir o posicionamento do PCdoB diante do cenário de crise e questões relacionadas à política estadual.
Entre os convidados, estavam os secretários estaduais de Organização (Daniele Costa), de Movimentos Sociais (Geraldo Galindo), de Juventude (Vladimir Meira); o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos; e a coordenadora estadual da Unegro, Sirlene Assis. A mediação foi feita pelo secretário sindical do partido, Aurino Pedreira, que também preside a CTB-BA.
Daniele Costa explicou que as resoluções que saem da 10ª Conferência Nacional devem representar uma análise do atual momento político, no Brasil e no mundo, e apontar direções para a luta política. Justamente por isso, segundo ela, é que os comunistas possuem “a grande responsabilidade de interpretar a realidade da melhor maneira possível”.
Para Daniele, algumas reflexões acerca da atuação do partido precisam ser feitas, nesse momento, em que existe uma ofensiva aos partidos de esquerda. Os principais questionamentos a se fazer na conferência devem ser, de acordo com ela, dois: como fortalecer a identidade do PCdoB, que possui um perfil classista? Como reafirmar a presença do partido no campo da esquerda?
Crise
Sobre o cenário político, a secretária afirmou que, para garantir os avanços conquistados pelos governos populares, na última década, a militância comunista precisa defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff, que está em constante ameaça. “O enfraquecimento de Dilma só fortalece os setores mais conservadores da sociedade. Precisamos dialogar com o povo e unir as forças progressistas”.
Augusto Vasconcelos, que também integra o Comitê Central do PCdoB, fez coro ao discurso de Daniele, defendendo a necessidade do apoio ao governo, aliado à luta por uma reforma política democrática. Segundo ele, é coerente o voto dos deputados comunistas  a favor do ajuste de medidas da presidenta, que é criticado pelo movimento social e sindical, como forma de garantir estabilidade política e econômica.
“Nós precisamos ter uma visão sobre o que está no plano de fundo. Temos que continuar na luta contra o pacote de medidas, mas precisamos compreender que a atuação no parlamento tem outro tom. A coalizão de forças é importante nesse momento”, afirmou Vasconcelos.
Conferência
Os debates sobre o projeto de resolução da 10ª Conferência Nacional do PCdoB acontecem em todo o Brasil e deverão ser levadas para São Paulo pelas delegações estaduais. O evento nacional será entre os dias 29 e 31 desse mês.
 
 
 

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