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PCdoB quer debater o Carnaval de Salvador nas eleições deste ano

11 fevereiro, 2016

Com uma pré-candidatura à Prefeitura de Salvador posta, o PCdoB preparou uma extensa agenda de participação no carnaval deste ano, entre os principais e alternativos circuitos da festa. O Partido, que historicamente defende a democratização dos espaços e do acesso ao carnaval, pretende levar o debate para as eleições deste ano.
A deputada federal Alice Portugal, pré-candidata a prefeita, e a presidenta do PCdoB-Salvador, Olívia Santana, estão entre os dirigentes comunistas que participaram da festa. Elas analisaram a organização, defenderam mudanças e afirmaram que o Partido quer propor uma discussão profunda sobre a maior festa de rua do planeta, para que ela seja popularizada.
“O PCdoB vai debater o carnaval, vai apresentar propostas para um carnaval que seja para o povo, do povo, feito pelo povo. O PCdoB, com Alice Portugal neste comando, teve uma agenda de participações ativas nesta festa belíssima. Eu não tenho dúvida de que nós temos muito o que dizer e propor para um carnaval criativo de democrático”, explicou Olívia Santana.
A maior das críticas feitas foi em relação ao monopólio de uma marca de bebidas nos circuitos, a partir de um contrato firmado com a Prefeitura. O modelo de financiamento da festa, que provocou uma manifestação de vendedores ambulantes e críticas generalizadas dos foliões, impõe o que deve ser vendido e consumido nas ruas, e conta com uma severa fiscalização.
“O cúmulo foi a prefeitura apreender outras marcas de cerveja que estavam nem supermercados nas redondezas do circuito. É uma situação que extrapola e é preciso tomar uma atitude. Uma coisa é vender a publicidade do circuito, outra coisa é essa ditadura, que manipula a vontade e que não respeita o desejo do folião”, criticou Olívia Santana.
A presidenta municipal do PCdoB também elogiou o pontapé do Governo do Estado para a ampliação das atrações independentes e sem cordas. “O governador Rui Costa teve uma decisão inovadora esse ano, que foi de estimular mais os trios independentes, provocando os artistas a não tocar apenas em blocos com corda. Isso é muito positivo, muito bem avaliado pela população. A gente aposta na democracia do carnaval”, finalizou.

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