Na tarde desta segunda-feira (14/12), a CTB Bahia promoveu uma plenária para tratar do ato em defesa da democracia, a ser realizado na quarta-feira (16/12), e celebrou os 8 anos da Central, completados no último dia 12. O encontro aconteceu no Sindicato dos Comerciários, em Salvador.
Segundo o presidente da CTB-BA, Aurino Pedreira, o evento teve como objetivo mobilizar a militância e os trabalhadores para dizerem não a tentativa de golpe em curso no país, além de rememorar as importantes conquistas da CTB desde sua fundação.
Presente no encontro, a deputada federal Alice Portugal afirmou que existe uma contraofensiva neoliberal na América Latina, que visa derrubar e desestabilizar governos populares. “Eles agem com ataques permanentes. É uma oposição visceral aos governos populares. Eles usam a mídia para atingir o governo de todas as maneiras, tanto de forma subliminar como direta”, declarou.
De acordo com Alice, a democracia brasileira é jovem, imperfeita e ameaçada pelas forças golpistas. “Vivemos um governo em disputa o tempo inteiro com os mudancistas de um lado e os fisiologistas de outro. Esse é o resultado do governo de coalizão.”
Em relação aos atos do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, Alice declara que “ele é a expressão acabada do fisiologismo, da corrupção. Ele domina a técnica de negócio da política, é sustentado pelo que existe de pior: a bancada da bíblia, da bala e do boi. Essa é a bancada da agenda regressiva que atinge os direitos adquiridos.”
Sobre a passeata realizada no último domingo, a deputada acredita que o ato da direita fracassou e por isso é preciso aproveitar o momento. “Não podemos vacilar agora. Precisamos levar o povo para a rua. Se tiver impeachment haverá retrocesso político, inclusive com possibilidade de Cunha assumir por conta de Temer [Michel] ter assinado as tais pedaladas fiscais”.
A deputada afirma, ainda, que essa é a hora de falar com a sociedade para esclarecer a verdade, comparar os governos e lembrar que a fome e a miséria foram superadas nos últimos 12 anos. “O momento agora é de construir a frente ampla popular e democrática para resistir ao golpe”, finaliza.