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População soteropolitana é barrada na apresentação do PDDU

19 novembro, 2015

A apresentação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) na Câmara Municipal de Salvador, nesta quarta-feira (18/11), foi marcada por protestos e muitas discussões. Não era para menos. As portas da Casa Legislativa foram lacradas, a pedido do prefeito, para que a população não pudesse participar. Nem mesmo integrantes do Conselho da Cidade puderam entrar.
Para os vereadores da oposição, que suplicaram pela abertura dos portões, a atitude foi inaceitável, pois os soteropolitanos são os mais interessados no projeto, que os atinge diretamente e irá reger o andamento da cidade pelos próximos 35 anos.
“Solicitei ao presidente Paulo Câmara que abrisse a porta e não fui atendida por nenhum dos membros da mesa, incluindo o prefeito ACM Neto. Além de ser assegurada por lei, a participação popular é fundamental para garantir a melhoria da qualidade de vida de quem vive, trabalha ou passeia em Salvador”, disparou Aladilce Souza.
Para piorar, o estudo apresentado estava carente de informações técnicas, incompleto. O que foi questionado pelo vereador Everaldo Augusto. “A oposição quer saber onde estão os estudos técnicos, pareceres, inclusive do Conselho da Cidade, os mapas, os gráficos e as tabelas que subsidiam o debate”. De acordo com o edil, muitos pontos importantes não foram levados em conta. “O prefeito não considerou as desigualdades nem deu recorte racial. Não abordou novas vocações econômicas para a cidade nem tratou de preservação ambiental, cultural, afirmação de identidade. Não apontou também conceitos relacionados a políticas urbanas”.
A oposição garante que vai cobrar as correções dos erros, através da apresentação de emendas, e ampliar o debate o máximo possível na cidade para que o PDDU cumpra sua função.

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