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Selo Editorial Castro Alves lança livro sobre Poetas na Praça

17 dezembro, 2015

A arte engajada entre a transgressão e a tradição. Este é o tema trazido pelo primeiro livro editado pelo Selo Editorial Castro Alves, da Câmara Municipal de Salvador, a ser lançado no próximo dia 21 de dezembro, das 18h às 21h, no Centro Cultural da Câmara. Iniciativa do vereador Everaldo Augusto (PCdoB), o Selo é resultado de um projeto de Resolução aprovado em 2013.
O título da obra é “Movimento Poetas na Praça – entre a transgressão e a tradição”, do organizador Douglas de Almeida. A publicação é uma antologia poética referente ao Movimento Poetas na Praça, que durou 10 anos (1979-1989) e utilizou a Praça da Piedade como palco de popularização da poesia e de militância política e literária na Bahia.
Marcante como um dos expoentes da época em que se buscava a afirmação da liberdade e luta contra a repressão, o Movimento chegou a produzir cerca de 300 publicações, entre livros, revistas e folhetos e em torno de 400 mil exemplares.
No livro, além de poemas de 45 Poetas na Praça, alguns já falecidos, como Antonio Short, Dorival Limoeiro e Zeca de Magalhães, registros fotográficos, depoimentos e reportagens reforçam a importância desta publicação inaugural.  Para o vereador e criador do projeto, Everaldo Augusto, o lançamento do Selo Editorial Castro Alves com a impressão dos exemplares dos Poetas na Praça promove um resgate histórico e literário na cidade de Salvador.
“O Selo Editorial Castro Alves tem uma importância muito grande porque é uma iniciativa da Câmara dos Vereadores para incentivar sobretudo os novos autores baianos, que ressentem de um apoio maior tanto do poder público quanto do mercado literário. Além disso, a importância também está no conteúdo dessas obras”, destaca o vereador Everaldo Augusto.
Segundo ele, “o Selo tem a missão de incentivar aquelas obras que falam da nossa identidade cultural. Então, é muito emblemático que a obra inaugural do Selo seja uma antologia dos Poetas na Praça, porque eles eram um grupo de poetas e agitadores culturais, heterogêneo, que vivia intensamente a cidade e o momento histórico, com forte intervenção no cenário político através da arte e da cultura, em tempos difíceis, de repressão e obscurantismo. A publicação do livro dá perenidade à produção do grupo e promove o resgate literário daquelas e daqueles poetas. Os poetas na Praça agora passam a ser poetas nas escolas, nas casas, nos teatros, nas livrarias e nas bibliotecas. Acho que isso é importante”.
 

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