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Senado aprova afastamento de Dilma da presidência. Tchau, querida Democracia

12 maio, 2016

SenadoEsta noite de quarta para quinta-feira (11-12/04) foi mais um momento histórico para os brasileiros. O país “dormiu” com uma presidente e, praticamente, “acordou” com outra pessoa no posto. Em sessão, que durou quase 24 horas, 55 senadores votaram a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias e 22 pediram sua permanência. Eram necessários 42 posicionamentos favoráveis ao relatório que defendia o impeachment.
Estiveram presentes 78 parlamentares, e o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB) só votaria em caso de empate. Entre os que votaram não, a senadora do PCdoB de Amazonas, Vanessa Grazziotin. Para ela, “a aprovação deste processo é uma das maiores fraudes ao estado democrático de direito”.
Com o impedimento de Dilma, o vice-presidente Michel Temer assume a presidência, provisoriamente, pelos próximos seis meses. Se, ao final deste prazo, o Senado decidir encerrar o governo da presidente, ele fica até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2018.
No entanto, as forças da esquerda, apoiadoras do governo Dilma, como o Partido Comunista do Brasil,  vão lutar por novas eleições o mais rápido possível, pois Temer não tem legitimidade para ocupar o cargo, além de ter ajudado a tramar este golpe contra a democracia. Segundo a presidente municipal do PCdoB Salvador, Olívia Santana, é como se estivessem coroando Silvério dos Reis ou Judas.
“A faixa presidencial não pode sair das mãos de uma mulher que teve mais de 54 milhões de votos nas urnas para as de um homem sem honra, que chega ao poder através de um conluio que assalta o estado democrático de direito. Não podemos aceitar um presidente imposto”, afirmou veementemente a presidente municipal.

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